Ucrânia: uma nova "Caravana da Paz" para mostrar o rosto concreto da solidariedade
Vatican News
Uma nova Caravana da Paz para Odessa partirá da Itália no sábado 24 de junho, uma continuação ideal da primeira caravana que ocorreu na Ucrânia em abril passado, quando um comboio de mais de 60 veículos chegou à cidade ocidental de Lviv.
Trata-se, enfatizam os organizadores, de uma escolha de testemunho e proximidade: "Queremos estar lá, com o povo da Ucrânia, para fazê-los sentir que estamos no meio deles e que nossa solidariedade se materializa com uma nova viagem aos lugares de guerra", explicou padre Tonio dell'Olio da "Pro Civitate Christiana" à agência missionária Fides.
A "Associação Papa João XXIII"
No encontro preparatório que há alguns dias fez uma avaliação, tanto logística quanto de conteúdo, da nova iniciativa da sociedade civil, foi enfatizado que a Caravana, como a anterior, liga e envolve várias associações italianas, católicas e não-católicas.
A Caravana nasceu da visão da "Associação Papa João XXIII" e seu presidente, Gianpiero Cofano, e não omite as dificuldades de uma viagem cuja preparação não tem sido fácil.
Em Odessa já há dois voluntários da Associação Papa João XXIII que - em uma conexão virtual - explicaram em detalhes a situação, os riscos e as dificuldades antes que a sirene de mais um alarme os obrigasse a se refugiarem nos andares inferiores do prédio onde moram. A reunião contou com a presença de todas as pessoas - voluntários, jornalistas, operadores - que formarão a caravana cujo itinerário e tamanho são mantidos em sigilo por razões de segurança.
Rejeição à guerra e trabalho para construir a paz
Na rede que envolve mais de 175 organizações italianas e também algumas realidades ucranianas, ao lado de dezenas de siglas do mundo católico (Focsiv, Pax Christi, Beati costruttori di pace, Nuovi Orizzonti, Focolari e muitas outras) há outras tantas do cenário do associacionismo voluntário e laico: de Arci a Cgil, da Mediterrânea a "Un ponte per", cujo referente, Alfio Nicotra, ilustrou as atividades realizadas na Itália para sensibilizar a opinião pública sobre o tema da paz. Os temas e atividades de construção da paz também foram enfatizados pelo "Movimento Não Violento", que está participando da iniciativa.
Haverá duas caravanas: a primeira se concentrará em Odessa, e se realizará de 24 a 27 de junho; a próxima (14-18 de julho) ainda não definiu seus destinos. A ideia básica é criar "balcões" de presença solidária estável em três cidades ucranianas, Lviv, Odessa e Kiev.
O objetivo é humanitário para abastecer a população com medicamentos e alimentos e transferir os necessitados para a Itália, mas não só: a forte mensagem cultural e política é a rejeição à guerra e o trabalho para construir a paz.
Construção da paz através do diálogo e não através de armas
O movimento "de baixo" pretende mostrar concretamente o rosto da solidariedade: na iniciativa do último mês de abril, com Lviv como destino, a Caravana pela Paz transportou 32 toneladas de ajuda humanitária para a população civil ucraniana, reuniu-se com associações e instituições locais; realizou uma Marcha pela Paz pelas ruas de Lviv; trouxe 300 refugiados para a Itália, incluindo mulheres, crianças, idosos e pessoas deficientes, e cuidou de seu acolhimento.
A Caravana é a expressão do mundo diversificado do movimento para a paz italiano, que se reconheceu na sigla 'StoptheWarNow' (Pare a guerra agora), que é também um site (https://www.stopthewarnow.eu/) onde se pode documentar, acompanhar os movimentos das caravanas e aderir.
StptheWarNow nasceu na Itália, mas com uma vocação europeia. Na realidade, as caravanas gostariam de ser um sinal também para outros países europeus onde já existe um trabalho de conscientização e construção da paz através do diálogo e não através de armas.
(com Fides)
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