Setembro Amarelo e a Prevenção ao Suicídio
Ricardo Gomes – Diocese de Campos
“A Igreja é Mãe e um hospital de campanha sempre disposta a curar e lavar as feridas, consolar e esperançar aos fatigados e cansados, aos aflitos e desesperados.” Dom Roberto Francisco Ferreria Paz – Bispo de Campos (RJ) e Referencial Nacional da Pastoral da Saúde.
Algumas situações em nossas vidas são difíceis e desafiadoras, mas é importante saber que não se está sozinho. Pedir ajuda é algo crucial. Ela pode vir de um amigo, um familiar de sua confiança, um educador, ou de um profissional. O importante é falar!
Mortes poderiam ser evitadas se as pessoas recebessem atenção qualificada. Em geral, quem pensa em autoextermínio não quer necessariamente morrer, mas acabar com a dor e o sofrimento. Assim como todo sentimento, a dor também precisa ser expressada. A pessoa precisa saber que pode falar sobre seu problema e receber ajuda para acabar com sua dor e desfrutar de uma vida boa e feliz. A vida é a melhor escolha.
Dom Roberto Francisco Ferreria Paz, bispo de Campos e Referencial Nacional da Pastoral da Saúde destaca que é urgente despertar a consciência das pessoas, famílias e instituições, para não silenciar e bloquear a reflexão sobre o desafio do suicídio, mas trazê-lo à tona para ajudar as pessoas a vencerem e superarem as causas e situações que levam a pensar no suicídio ou a cometê-lo.
É um problema de saúde que envolvia, em 2014, 700.000 mortes por ano no mundo inteiro, atualmente pode-se pensar em 1 milhão, no Brasil 14.000 mortes anuais, sendo a quarta causa mortis entre os jovens de 15 a 29 anos (uma das mais altas do mundo), sendo que neste país 38 pessoas por dia se suicidam. A pandemia, certamente aumentou os quadros de depressão, ansiedade, bullying, born out, e o luto pelas perdas de vidas de familiares, amigos, gerando um clima que pode envolver a perda de horizontes e sentido da vida, destaca dom Roberto Francisco.
Para dom Roberto Francisco é importante estar sempre atentos com empatia e percepção aguada a falas, autofechamento, desânimo e a perda de desejos e interesses para com a vida, que podem ser observado em pessoas próximas e, com cordialidade, encaminhar para serviços profissionais de acompanhamento.
Desde a perspectiva espiritual e pastoral, a escuta amorosa e a acolhida profunda, seja pelos ministros ou em grupos de partilha e apoio, com a ajuda da Palavra de Deus, que suscita esperança e restaura. Também não esquecer de cuidar dos cuidadores que, muitas vezes, prestam auxílio e suporte, mas não têm, muitas vezes, o amparo e a compreensão de seus coirmãos e responsáveis. Todos os recursos têm a sua validade adaptada a cada situação pessoal, lembrando-nos que a pandemia nos fez descobrir que somos frágeis, vulneráveis e inacabados, por isso, precisamos do cuidado integral, da solicitude de irmãos e familiares que, no momento da fossa e perda do desejo de viver, nos segurem pela mão e nunca desistam de nós, pontua o bispo.
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