Guerra na Ucrânia: vítimas civis são ao menos 23.600
Jackson Erpen - Cidade do Vaticano
A guerra na Ucrânia, iniciada com a invasão russa em 24 de fevereiro de 2022, já deixou ao menos 23.600 vítimas civis, afirmou o subsecretário-geral da ONU para assuntos humanitários, Martin Griffiths, em reunião do Conselho de Segurança realizada na segunda-feira, 15, “e todos sabemos que o custo real provavelmente será muito maior”.
Na noite passada, o sistema de defesa aérea ucraniano abateu 6 mísseis Kinzhal, 3 mísseis balísticos e 9 mísseis Kalibr, todos lançados pela Rússia contra Kiev, "o maior número de ataques com mísseis em um menor intervalo de tempo", afirmou a administração militar da capital ucraniana. Trata-se do oitavo ataque maciço de mísseis contra a capital no mês de maio. Os destroços caíram nos distritos de Shevchenkivskyi, Sviatoshynskyi, Solomianskyi, Obolonskyi e Darnytskyi. O maior dano foi relatado no distrito de Solomianskyi, onde ocorreu um incêndio em um prédio não residencial. Detritos de drones e mísseis caíram sobre carros estacionados, pátios e parques em outros distritos. Até o momento não há relatos de vítimas.
O subsecretário-geral da ONU para assuntos humanitários também afirmou que "quase 3,6 milhões de pessoas receberam assistência humanitária na Ucrânia no primeiro trimestre de 2023, e somente neste ano cerca de 43 comboios interagências entregaram suprimentos para 278 mil pessoas nas áreas da linha de frente, mas ainda há limites na capacidade de prestar ajuda a todos os necessitados.
Griffiths enfatizou que "o maior desafio continua sendo os empecilhos para alcançar todas as áreas de Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia, atualmente sob controle militar da Rússia", e é "imperativo explorar todas as opções para chegar aos civis, onde quer que estejam".
No último sábado o Papa Francisco recebeu no Vaticano o presidente da Ucrânia Volodymiyr Zelensky, oportunidade em que foi destacada, entre outros, a necessidade de continuar os esforços de paz e humanitários em apoio à população, em particular em relação às “pessoas mais frágeis, vítimas inocentes do conflito”. O drama das milhares de crianças ucranianas deportadas à Rússia também esteve na pauta do encontro.
Já no domingo, ao se referir ao conflito entre israelenses e palestinos após rezar o Regina Caeli, o Santo Padre reiterou que “a segurança e a estabilidade nunca serão alcançadas com armas, mas, ao contrário, continuará a se destruir também toda esperança de paz.” Afirmação que não se refere, naturalmente, única e exclusivamente ao conflito na Terra Santa, mas subentende todos os conflitos ao redor do mundo.
E ao final do tradicional encontro dominical, como tem feito desde o início da guerra, o pedido a Nossa Senhora para que “alivie o sofrimento da martirizada Ucrânia e de todas as nações feridas pela guerra e pela violência.
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