Que os migrantes não encontrem a morte ao buscar futuro de esperança, tuíta o Papa
Vatican News
"Sinto profunda dor pela morte dos migrantes, entre os quais muitas crianças, no naufrágio ocorrido no Mar Egeu. Devemos fazer todo o possível para que os migrantes que fogem da guerra e da pobreza não encontrem a morte enquanto buscam um futuro de esperança", foi a mensagem do Papa no Twitter na conta @Pontifex.
Já enquanto deixava o Hospital Gemelli na manhã desta sexta-feira, 16, onde estava internado desde 7 de junho, o Papa Francisco pode expressar um pensamento sobre o recente e dramático naufrágio na Grécia, e que provocou dezenas de mortes: "Muita, muita dor", sussurrou com voz fraca. Até o momento foram recuperados 78 corpos e resgatadas 104 pessoas com vida. Segundo a Organização Internacional para Migração (a agência de migração da ONU), é possível que a bordo do barco estavam até 750 pessoas.
Já ontem, quinta-feira, o Santo Padre havia expresso seu pesar pelo ocorrido no telegrama enviado ao núncio apostólico no país, Dom Jan Romeo Pawlowski, onde disse estar "profundamente consternado ao saber do naufrágio na costa da Grécia, com sua chocante perda de vidas”, oferecendo “fervorosas orações pelos muitos migrantes que morreram, suas famílias e todas as pessoas traumatizadas por esta tragédia".
Neste meio tempo, a guarda costeira da Grécia lançou nesta sexta-feira seu último dia de buscas na área do Mar Mediterrâneo onde ocorreu o naufrágio, em águas profundas a cerca de 80 quilômetros da cidade costeira de Pylo.
A operação 24 horas de busca e resgate na costa sul da Grécia entrou em seu terceiro dia com poucas esperanças de encontrar sobreviventes ou corpos, já que nenhum foi localizado desde quarta-feira, quando 78 corpos foram recuperados e 104 pessoas foram resgatadas. Fontes do governo disseram que as chances de recuperar o navio afundado são remotas devido à profundidade da água.
O barco de pesca que transportava os migrantes viajava da Líbia para a Itália. As autoridades gregas e a agência de proteção de fronteiras da União Europeia, Frontex, rastrearam o barco antes que ele virasse e afundasse na quarta-feira.
A maioria dos sobreviventes foi transferida na sexta-feira de um hangar no porto de Kalamata, no sul, onde parentes também se reuniram para procurar seus entes queridos, para abrigos de migrantes perto de Atenas. Nove pessoas - todos homens provenientes do Egito, com idades entre 20 e 40 anos - foram presos e detidos sob alegações de tráfico de seres humanos e participação em empreendimentos criminosos.
Vinte e sete dos sobreviventes permanecem hospitalizados, informaram autoridades de saúde gregas. O porta-voz da guarda costeira Nikos Alexiou, citando relatos de sobreviventes, disse que os passageiros no porão do barco de pesca incluíam mulheres e crianças, mas que o número de desaparecidos, que se acredita estar na casa das centenas, ainda não está claro. Funcionários de um necrotério estatal nos arredores de Atenas fotografaram os rostos das vítimas e coletaram amostras de DNA para iniciar o processo de identificação.
A Grécia é uma das principais rotas de entrada na União Europeia para refugiados e migrantes do Oriente Médio, Ásia e África. Imagens aéreas divulgadas pelas autoridades gregas do barco horas antes de afundar mostraram dezenas de pessoas nos conveses superior e inferior do barco olhando para cima, algumas com os braços estendidos. Mas as autoridades gregas disseram que as pessoas nos conveses lotados repetidamente recusaram a ajuda de um barco da guarda costeira grega que o seguia, dizendo que queriam chegar à Itália.
*Última atualização às 12h18
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