Papa sobre tráfico de pessoas: "fenômeno global" a ser combatido
Luca Collodi - Vatican News
O tráfico de pessoas é "uma praga social" e "uma forma moderna de escravidão que viola a dignidade da pessoa e seus direitos". É o que reafirmou o Papa Francisco em um telegrama assinado pelo secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, enviado por ocasião da conferência "As novas escravidões. Conferência sobre o tráfico de pessoas", realizada na quinta-feira (14), na Embaixada da Itália junto à Santa Sé, em Roma.
O Pontífice "nos encoraja a agir com responsabilidade e determinação para combater esse dramático fenômeno global que afeta particularmente mulheres e crianças vítimas de conflitos, migrações e abusos de todos os tipos". O embaixador italiano junto à Santa Sé, Francesco Di Nitto, comentou que o Papa exortou as pessoas a ouvirem aqueles que passaram por uma situação tão dolorosa, a sonharem com um mundo no qual todas as pessoas possam viver com liberdade e dignidade, transformando esse sonho em realidade.
Tráfico de pessoas e a escravidão
"O tráfico humano é uma das coisas mais abjetas que possa existir. Os traficantes trazem as pessoas para cá com a miragem de trabalhar, de ter uma vida melhor do que a que têm em seus próprios países", explicou o ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani. "Os traficantes de pessoas são os mesmos que traficam armas e drogas. Eles trazem as pessoas para cá com a miragem de vir trabalhar e de ter uma vida melhor."
"O tráfico de pessoas é a forma mais difundida de escravidão no século XXI e nos enganamos se consideramos esse triste fenômeno um legado de empreendimentos coloniais do passado", ressaltou em seguida Davide Dionisi, enviado especial do governo italiano para a liberdade religiosa, para quem o tráfico é "um fenômeno crescente" que exige cuidados e assistência às vítimas, fortalecendo os sistemas legais contra essa forma de crime. O Papa, enfatizou o Pe. Aldo Buonaiuto, membro da Comunidade Papa João XXIII, chamou essa prática desumana de um dos flagelos da humanidade e "nosso compromisso", disse ele, "é aumentar a consciência pública para ajudar as vítimas".
Outras referências que tratam do tema também participaram da conferência, como a Irmã Abby Avelino, coordenadora da rede antitráfico "Talitha Kum"; e a religiosa canossiana Madre Marilena Pagiato.
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