O líder do Hamas, Ismail Haniyeh, fala com repórteres após sua reunião com autoridades egípcias na Cidade de Gaza, 12 de fevereiro de 2006. O líder do Hamas, Ismail Haniyeh, fala com repórteres após sua reunião com autoridades egípcias na Cidade de Gaza, 12 de fevereiro de 2006. 

Líder político do Hamas morto em ataque no Irã

O líder do grupo islâmico, Ismail Haniyeh, foi morto, de acordo com o comunicado do Hamas, em um ataque em Teerã atribuído a Israel que até o momento não assumiu a autoria do ataque. Dura a condenação do presidente palestino Abu Mazen: “Um ato covarde e um desenvolvimento perigoso”. Os iranianos ameaçam vingança

Paola Simonetti - Cidade do Vaticano

Teria sido um ataque israelense a atingir a residência onde, em Teerã, estava hospedado o líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, em visita ao Irã para participar na cerimônia de posse do presidente iraniano Massoud Pezeshkian. Foi o grupo islâmico palestino a informar o ocorrido em um comunicado. Um guarda-costas também teria sido morto no ataque. O funeral está marcado para a quinta-feira, 1° de agosto, na capital iraniana.

O silêncio de Israel

 

Confidencialidade oficial e nenhuma assunção de responsabilidade por enquanto por parte de Israel, conforme declarado pela Rádio Militar Israelense. No entanto, a reação do Hamas foi imediata, para quem “o assassinato de Haniyeh representa uma grave escalada que não atingirá os seus objetivos”, cujo braço militar já ameaçou com “consequências enormes”.

Dura a condenação do presidente palestino Abu Mazen, definindo o ataque como “um ato covarde e um desenvolvimento perigoso”, convidando “o povo palestino à unidade, à paciência e à firmeza perante a ocupação israelita”.

As reações

 

O assassinato do líder do Hamas suscitou comentários e tomadas de posição no cenário internacional. O Irã declarou três dias de luto nacional e o seu Líder Supremo jurou vingança. O aiatolá Ali Khamenei disse que Israel “preparou uma punição severa para si mesmo”.

Forte a condenação da Turquia daquilo que Ancara definiu como um “assassinato vergonhoso” que “também visa estender a guerra em Gaza a uma dimensão regional”. A Rússia denunciou o “inaceitável assassinato político que levará a uma nova escalada das tensões”.

Os rebeldes Houthi iemenitas também se manifestaram sobre o assassinato do líder do Hamas:  “atacar Ismail Haniyeh é um crime terrorista atroz e uma flagrante violação das leis e dos valores ideais”.

A política de Israel

 

Entretanto, para Israel, não haverá qualquer mudança no terreno relativamente à sua estratégia de defesa interna. O anúncio foi feito pelo porta-voz do exército israelita, Daniel Hagari, que falou numa “avaliação da situação” por parte do comando militar.

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31 julho 2024, 08:17