Ucrânia ratifica o Tratado de Roma sobre o Tribunal Penal Internacional
Giancarlo La Vella – Cidade do Vaticano
O Parlamento ucraniano ratificou na manhã desta quarta-feira, 21, o Estatuto de Roma, reconhecendo assim a jurisdição do Tribunal Penal Internacional, o mesmo órgão que no ano passado emitiu um mandado de prisão contra o presidente russo Vladimir Putin por crimes de guerra cometidos na Ucrânia.
Comentando a decisão do Verkhovna Rada, o parlamento unicameral de Kiev, o Ministro da Defesa ucraniano Kuleba afirmou, com uma publicação no X, que "com esta ratificação, a Ucrânia deu mais um passo significativo no sentido da adesão à União Europeia", contribuindo também para isolar a Rússia no contexto internacional e esclarecer as suas responsabilidades como país invasor.
Ataques com mísseis e drones
O conflito entre a Rússia e a Ucrânia continua com ataques de drones, a maioria dos quais foram abatidos por fogo antiaéreo de ambos os lados. Na noite de terça-feira, as forças de Moscou lançaram três mísseis e 69 drones sobre a Ucrânia, 66 dos quais foram eliminados por meios de aparelhos eletrônicos. A defesa antiaérea russa, no entanto, interceptou pelo menos dez aeronaves não tripuladas ucranianas que se dirigiam para a capital Moscou. As autoridades de Kiev estão também organizando a evacuação de 45 mil residentes da região de Sumy, fronteiriça com a região russa de Kursk, palco da ofensiva ucraniana, que tem ocorrido nos últimos dias, com o objetivo de evitar qualquer envolvimento de civis em uma possível reação russa.
O Pentágono: a guerra paralisada
A situação de guerra, que já dura cerca de dois anos e meio, suscitou comentários do Pentágono. Segundo seus analistas, “a guerra russo-ucraniana chegou a um beco sem saída. Neste momento nenhuma das partes têm potencial para lançar uma ofensiva decisiva contra o inimigo."
Esta é a análise divulgada pela agência noticiosa Bloomberg, que cita fontes da defesa estadunidense. Um beco sem saída, portanto, diante do qual a Rússia congela qualquer possibilidade de solução diplomática: “Não haverá mais negociações até que o inimigo seja completamente derrotado”, afirma o vice-presidente russo Medvedev, referindo-se também àquelas que define como "negociações de paz inúteis realizadas até agora por iniciativa da comunidade internacional, impostas ao regime de Kiev com perspectivas e consequências pouco claras".
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