Pombas voam sobre o Parque Memorial da Paz de Hiroshima, no oeste do Japão, em 6 de agosto de 2015, durante uma cerimônia memorial para marcar o 70º aniversário do bombardeio atômico de Hiroshima. Pombas voam sobre o Parque Memorial da Paz de Hiroshima, no oeste do Japão, em 6 de agosto de 2015, durante uma cerimônia memorial para marcar o 70º aniversário do bombardeio atômico de Hiroshima.   (AFP or licensors)

Prêmio Nobel da Paz para associação de sobreviventes de Hiroshima e Nagasaki

A organização japonesa Nihon Hidankyo recebe o Prêmio Nobel da Paz “pelos seus esforços em prol de um mundo livre de armas nucleares”. Nihon Hidankyo é uma associação fundada por sobreviventes das bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki durante a Segunda Guerra Mundial.

Vatican News

O Prêmio Nobel da Paz de 2024 foi concedido à organização antinuclear japonesa Nihon Nihon Hidankyo, movimento que une os sobreviventes das bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki, também conhecidos como Hibakusha.

O prêmio – declarou o presidente do Comitê norueguês do Nobel, Jrgen Watne Frydnes – foi atribuído a Nihon Hidankyo pelos seus esforços em favor de “um mundo livre de armas nucleares e por demonstrar por meio de testemunhos que as armas nucleares nunca mais devem ser utilizadas”.

O Comitê norueguês do Nobel destacou como as potências nucleares estão “modernizando e reforçando os seus arsenais”, enquanto “novos países parecem preparar-se para adquirir armas nucleares e se está ameaçando o uso de armas nucleares nas guerras em curso”.

O chefe do Comitê norueguês do Nobel, Jorgen Watne Frydnes, posa com um telefone celular exibindo o logotipo da organização japonesa Nihon Hidanky, vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 2024, durante uma coletiva de imprensa no Instituto Norueguês do Nobel em Oslo, Noruega, em 11 de outubro de 2024.
O chefe do Comitê norueguês do Nobel, Jorgen Watne Frydnes, posa com um telefone celular exibindo o logotipo da organização japonesa Nihon Hidanky, vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 2024, durante uma coletiva de imprensa no Instituto Norueguês do Nobel em Oslo, Noruega, em 11 de outubro de 2024.

“Neste momento da história da humanidade, vale a pena recordar a nós mesmos o que são as armas nucleares: as armas mais destrutivas que o mundo já viu", lê-se no comunicado que explica as razões do reconhecimento.

Ao atribuir o Prêmio Nobel da Paz deste ano à Nihon Hidankyo, o Comitê norueguês do Nobel “deseja homenagear todos os sobreviventes que, apesar do sofrimento físico e das memórias dolorosas, escolheram usar a sua experiência dispendiosa para cultivar a esperança e o compromisso pela paz”.

Segundo fontes do governo japonês, os Hibakusha (sobreviventes das bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki) ainda vivos hoje são cerca de 106.800, com idade média de 85 anos e meio.

A atribuição do Comitê nomeado pelo Parlamento norueguês

 

O Prêmio Nobel da Paz é atribuído com um procedimento diferente de outros Prêmios Nobel. No seu testamento, Alfred Nobel estabeleceu que, embora os prêmios para a Ciência e a Literatura fossem decididos pelas instituições suecas (a Real Academia Sueca das Ciências para os Prêmios Nobel da Química e da Física, o Instituto Karolinska de Medicina, a Academia Sueca de Literatura ), aquele para a Paz deveria ser decidido por uma Comissão nomeada pelo Parlamento norueguês, dado que a Noruega, em 1901, ainda fazia parte do Reino da Suécia e da Noruega.

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11 outubro 2024, 11:46