Palavra do dia
Leitura do Dia
Leitura do Livro do Êxodo
23,20-23
Assim diz o Senhor:
"Vou enviar um anjo que vá à tua frente,
que te guarde pelo caminho
e te conduza ao lugar que te preparei.
Respeita-o e ouve a sua voz.
Não lhe sejas rebelde,
porque não suportará as vossas transgressões,
e nele está o meu nome.
Se ouvires a sua voz
e fizeres tudo o que eu disser,
serei inimigo dos teus inimigos,
e adversário dos teus adversários.
O meu anjo irá à tua frente
e te conduzirá à terra dos amorreus,
dos hititas, dos fereseus, dos cananeus,
dos heveus e dos jebuseus, e eu os exterminarei".
Evangelho do Dia
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus
18,1-5.10
Naquela hora,
Os discípulos aproximaram-se de Jesus
e perguntaram:
"Quem é o maior no Reino dos Céus?"
Jesus chamou uma criança,
colocou-a no meio deles
e disse:
"Em verdade vos digo,
se não vos converterdes, e não vos tornardes como crianças,
não entrareis no Reino dos Céus.
Quem se faz pequeno como esta criança,
esse é o maior no Reino dos Céus.
E quem recebe em meu nome uma criança como esta,
é a mim que recebe.
Não desprezeis nenhum desses pequeninos,
pois eu vos digo que os seus anjos nos céus
veem sem cessar a face do meu Pai que está nos céus".
Palavras do Santo Padre
Todos nós somos filhos. E isto recorda-nos sempre que a vida não no-la damos sozinhos, mas recebemo-la. O grande dom da vida é o primeiro presente que recebemos. Às vezes corremos o risco de viver esquecidos disto, como se nós fôssemos os senhores da nossa existência mas, ao contrário, somos radicalmente dependentes. Na realidade, é motivo de profunda alegria sentir que em todas as fases da vida, em cada situação e condição social, somos e permanecemos filhos. Esta é a mensagem principal que as crianças nos transmitem com a sua própria presença: só com a sua presença já nos recordam que cada um e todos somos filhos.
Mas há muitos dons e riquezas que as crianças oferecem à humanidade. Recordo apenas alguns deles.
Dão-lhe o seu modo de ver a realidade, com um olhar confiante e puro. A criança tem uma confiança espontânea no seu pai e na sua mãe; uma confiança espontânea em Deus, em Jesus, em Nossa Senhora. Ao mesmo tempo, o seu olhar interior é puro, ainda não poluído pela malícia, pelas ambiguidades, pelas «incrustações» da vida que endurecem o coração. Sabemos que até as crianças têm em si o pecado original, com os seus egoísmos, mas conservam uma pureza e uma simplicidade interior. E as crianças não são diplomáticas: dizem o que sentem, o que veem, diretamente. [...] Além disso, as crianças têm em si a capacidade de receber e dar ternura. Ternura significa ter um coração «de carne» e não «de pedra», como diz a Bíblia (cf. Ez 36, 26). A ternura é também poesia: é «sentir» as situações e os eventos, sem os tratar como meros objectos, só para os usar, porque servem... [...]
Por todos estes motivos, Jesus convida os seus discípulos a «tornar-se como as crianças», pois é «a quantos são como elas que pertence o Reino de Deus» (cf. Mt 18, 3; Mc 10, 14).
(Audiência Geral de 18 de março de 2015)