Palavra do dia
Leitura do Dia
Primeira Leitura
Leitura do Livro de Jó 19,1.23-27a
Jó tomou a palavra e disse:
"Gostaria que minhas palavras fossem escritas
e gravadas numa inscrição
com ponteiro de ferro e com chumbo,
cravadas na rocha para sempre!
Eu sei que o meu redentor está vivo
e que, por último, se levantará sobre o pó;
e depois que tiverem destruído esta minha pele,
na minha carne, verei a Deus.
Eu mesmo o verei,
meus olhos o contemplarão,
e não os olhos de outros".
Segunda leitura
Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios 15,20-24a.25-28
Irmãos:
Cristo ressuscitou dos mortos
como primícias dos que morreram.
Com efeito, por um homem veio a morte
e é também por um homem
que vem a ressurreição dos mortos.
Como em Adão todos morrem,
assim também em Cristo todos reviverão.
Porém, cada qual segundo uma ordem determinada:
Em primeiro lugar, Cristo, como primícias;
depois, os que pertencem a Cristo,
por ocasião da sua vinda.
A seguir, será o fim,
quando ele entregar a realeza a Deus-Pai.
Pois é preciso que ele reine até que
todos os seus inimigos estejam debaixo de seus pés.
O último inimigo a ser destruído é a morte.
Com efeito, "Deus pôs tudo debaixo de seus pés".
Mas, quando ele disser: "Tudo está submetido",
é claro que estará excluído dessa submissão
aquele que submeteu tudo a Cristo.
E, quando todas as coisas estiverem submetidas a ele,
então o próprio Filho se submeterá
àquele que lhe submeteu todas as coisas,
para que Deus seja tudo em todos.
Evangelho do Dia
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Joao 6,37-40
Naquele tempo, disse Jesus às multidões: “Todos os que o pai me confia virão a mim, e quando vierem, não os afastarei. Pois eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu, mas os ressuscite no último dia. Pois esta é a vontade do meu Pai: que toda pessoa que vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna. E eu o ressuscitarei no último dia”.
Palavras do Santo Padre
A celebração de um dia como o de hoje leva-nos a dois pensamentos: memória e esperança. Memória daqueles que nos precederam, que transcorreram a sua vida, que concluíram esta vida; memória de tantas pessoas que nos fizeram bem: na família, entre amigos... E memória também daqueles que não conseguiram fazer tanto bem, mas foram recebidos na memória de Deus, na misericórdia de Deus. É o mistério da grande misericórdia do Senhor! E depois esperança . A memória de hoje é uma memória para olhar em frente, para fitar o nosso caminho, o nosso percurso. Caminhamos rumo a um encontro, com o Senhor e com todos. E devemos pedir ao Senhor a graça da esperança: a esperança que nunca desilude, nunca; a esperança, que é a virtude quotidiana que nos leva em frente, que nos ajuda a resolver os problemas e a procurar soluções. Mas sempre em frente, em frente! A esperança fecunda, a virtude teologal de cada dia, de cada momento: chamar-lhe-ei a virtude teologal “da cozinha”, porque está à mão e vem sempre em nosso auxílio. A esperança que não desilude: vivemos nesta tensão entre memória e esperança! [...] Hoje, pensando nos mortos, conservando a memória dos mortos, preservando a esperança, peçamos ao Senhor a paz, para que as pessoas não se matem mais nas guerras. Tantos inocentes mortos, tantos soldados que perdem a vida. Mas isto, por quê? As guerras são sempre uma derrota, sempre! Não há vitória total, não! Sim, um vence o outro, mas por detrás disto há sempre a derrota do preço pago. Oremos ao Senhor pelos nossos mortos, por todos, por todos: que o Senhor receba todos! E rezemos também para que o Senhor tenha piedade de nós e nos dê esperança: esperança de que iremos em frente e de que estaremos todos com Ele quando nos chamar. (Homilia no Rome War Cemetery, 2 de novembro de 2023)