Filme inspirado no Papa e ambientado em prisão africana recorda 1 ano do Jubileu dos Encarcerados
Cidade do Vaticano
Por ocasião do primeiro aniversário do Jubileu dos Encarcerados, será projetado em 6 de novembro na Prisão de Rebibbia, em Roma, o documentário "Bonne arrivée à la MACO, Papa François!", do diretor franco-polonês Janusz Mrozowski.
Ambientado na Casa de Correção e Detenção da capital de Burkina Faso, Ougadougou (MACO, sigla em francês), a película mostra como os detentos e os agentes carcerários receberiam o Papa Francisco e a sua mensagem de misericórdia em uma visita à prisão, fazendo o espectador mergulhar na dura realidade do local.
O diretor Mrozowski, que no seu curriculum tem diversas produções cinematográficas com detentos, quis assim mostrar como esta mensagem é vivida em uma casa de detenção nos confins do mundo.
"Quando entrei nesta prisão, fiquei tocado pelas condições em que vivem os prisioneiros africanos. Burkina Faso abriu para mim suas prisões de uma forma incrível, que não se poderia imaginar em muitos países. O que salva nestas condições desumanas, é justamente a humanidade, as relações entre os guardas e os prisioneiros e também as relações dos prisioneiros entre eles, porque existe muita fraternidade", comentou Janusz Mrozowski na apresentação do filme em 15 de outubro no Festival de Cinema de Varsóvia, com o título em polonês "WitajW Kryminale, Papiezu Franciszku!".
Segundo ele, o filme só foi possível graças ao Papa Francisco: "O que eu vi é que a palavra do Papa Francisco que levei a esta prisão pesou, foi uma coisa importantíssima para aqueles detentos. Levei a esperança, levei o amor humano do Papa, levei Deus a esta prisão".
"Este documentário constitui três milagres em um", explicou Mrozowsk. "O primeiro é a existência do próprio filme, que jamais teria existido". "O segundo milagre, é que durante a realização deste filme, Deus me fez acreditar nele, eu que o tinha abandonado aos 14 anos".
Por fim, "o terceiro milagre é que cada um de nós, espectadores, se sentirá durante esta projeção, de uma forma ou outra, no lugar do Papa Francisco, pois este filme se dirige ao Papa Francisco, que não aparece em nenhuma imagem ao longo de toda a projeção".
Antes de Rebbibia, por iniciativa da Secretaria para a Comunicação, o filme foi projetado pela Filmoteca Vaticana na Sala Cardeal Deskur, do Palácio São Carlos.
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