Papa: Nigéria encontre concórdia e paz
Silvonei José - Cidade do Vaticano
Imediatamente após a oração mariana do Regina Coeli, o Papa Francisco voltou a rezar pela Nigéria, devastada pela violência. Depois de ter recebido em audiência nestes dias os bispos do país africano, em visita ad Limina, o Papa recordou o massacre ocorrido na última terça-feira na aldeia de Mbalom, no Estado de Benue, quando um grupo de homens armados assassinou dois sacerdotes e pelo menos 16 fiéis após a celebração da Santa Missa.
“Na semana passada, a comunidade cristã na Nigéria foi novamente atingida com o assassinato de um grupo de fiéis, entre os quais dois sacerdotes: confiamos ao Deus da misericórdia esses irmãos para que ajudem aquelas comunidades tão provadas a reencontrar a concórdia e a paz”.
Na madrugada de terça-feira, 24 de abril, dois sacerdotes e pelo menos 16 fiéis foram assassinados em uma operação armada após a celebração da missa na paróquia de Santo Inácio de Ukpor-Mbalom, na aldeia de Mbalom, pertencente à diocese de Makurdi, no Estado de Benue. Essa região faz parte do chamado Cinturão do Meio, a parte central do país que divide o norte com a preponderância muçulmana, do sul amplamente habitada pelos cristãos. Depois de atacar a igreja, os bandidos entraram na aldeia e destruíram mais de 60 casas e celeiros. Os habitantes fugiram para as aldeias vizinhas, na esperança de encontrar um refúgio seguro.
Controlar recursos hídricos
Os autores do massacre são os pastores nômades muçulmanos do grupo étnico Fulani que cada vez mais tentam se apropriar das terras férteis cultivadas pelos camponeses de fé cristã. A violência não depende apenas de motivos religiosos, mas também da vontade de controlar os recursos hídricos.
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