Papa Francisco: diálogo entre religiões diferentes é fonte de paz
Cidade do Vaticano
O Papa Francisco recebeu em audiência, neste sábado (23/06), na Sala dos Papas, no Vaticano, vinte e dois membros da delegação “Emouna Fraternité Alumni”, que fornece a líderes religiosos uma formação multidisciplinar sobre instituições, responsabilidades e conhecimento de cada religião.
A associação nasceu no âmbito do programa “Emouna - L'Amphi des religions” (Emouna – O anfiteatro das religiões), proposto e iniciado pelo Instituto de Estudos Políticos em Paris, com a participação de grandes religiões presentes na França.
Reforçar os laços de fraternidade
Essa associação pretende “reforçar os laços de fraternidade entre os membros de religiões diferentes, aprofundando um trabalho de pesquisa. Na realidade, durante o seu período de estudo, vocês demonstram a possibilidade de viver um pluralismo saudável, que respeita as diferenças e os valores que cada um leva consigo”.
“Vocês testemunham também, num espírito de abertura, a capacidade das religiões de participar do debate público numa sociedade secularizada. Além disso, manifestam, através dos laços fraternos estabelecidos entre vocês, que o diálogo entre os fiéis de várias religiões é uma condição necessária para a paz no mundo.”
O Papa os encorajou a perseverar neste caminho, conjugando “três atitudes fundamentais para favorecer o diálogo: o dever da identidade, a coragem da alteridade e a sinceridade das intenções”.
Abertura aos outros
“A fraternidade verdadeira pode ser vivida na atitude de abertura aos outros, que nunca procura um sincretismo conciliador, pelo contrário, busca se enriquecer sinceramente com as diferenças, com a vontade de entendê-las a fim de respeitá-las melhor, pois o bem de cada um se encontra no bem de todos.”
Francisco convidou os membros da associação a “testemunhar com a qualidade de suas relações que ‘a religião não é um problema, mas parte da solução’. Ela nos recorda que é necessário voltar o ânimo para o Alto a fim de aprender a construir uma cidade de seres humanos’.”
“Assim, vocês se apoiarão reciprocamente para serem como árvores bem plantadas, enraizadas no terreno da história e de suas respectivas tradições. Fazendo isso, irão contribuir, com os homens e mulheres de boa vontade, em transformar “todos os dias o ar poluído do ódio no oxigênio da fraternidade”.
Cultura do encontro e diálogo
“Encorajo-os a cultivar uma cultura do encontro e diálogo, promover a paz e defender, com doçura e respeito, a sacralidade da vida humana contra todas as formas de violência física, social, educacional ou psicológica.”
Convidando-os a rezar uns pelos outros, o Papa concluiu, pedindo a Deus o dom da paz a todos os membros da associação e para que o Senhor os ajude a caminhar “como irmãos na estrada do encontro, do diálogo e da concórdia, no espírito de colaboração e amizade.”
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