Francisco na Tv2000: Maria e a devoção dos muçulmanos
Silvonei José - Cidade do Vaticano
"Há exageros sobre as aparições, a Igreja é sempre muito prudente". É um dos temas no centro das reflexões do Papa Francisco, que, respondendo às perguntas do padre Marco Pozza, sublinha: "A fé está enraizada no Evangelho, na revelação, na tradição da revelação". A questão das aparições, acrescenta o Pontífice, "é que há alguns videntes ou aqueles que transmitem as aparições e que dizem: 'Maria é assim'. Maria indica Jesus, mas se você ficar olhando somente para o dedo de Maria e não para Jesus, você não age de acordo com o coração de Maria. Significa que algo naquela aparição não está bem".
O Magnificat
Na companhia da filósofa Luisa Muraro, da escritora israelense Manuela Dviri e da professora árabe-israelense Mary Bitar, o programa transmitido pela TV200 da Conferência Episcopal Italiana é dedicado ao Magnificat. Ao comentar o tema, o Papa ressalta que "Maria louva a Deus e nós, cristãos, tantas vezes nos esquecemos da oração de louvor e da oração de adoração. Maria - explica Francisco - adorava a Deus e louvava a Deus, o Magnificat é isso. Vem do louvor, rezar louvando a Deus ".
A devoção dos muçulmanos
Do Papa uma anedota para abordar o argumento final: a devoção dos muçulmanos para com Maria. "Contava-me um bispo de um país africano, - disse Francisco -, onde viviam em paz cristãos e muçulmanos que no ano do Jubileu havia uma fila o dia inteiro para entrar na catedral. Quando as pessoas entravam, algumas se aproximavam do confessionário, outras começavam a rezar, mas a maioria seguia para o altar de Nossa Senhora e eram os muçulmanos. E o bispo perguntou-lhes muitas vezes: 'Mas por que vocês vêm aqui?'. E eles: "O Jubileu também é para nós". Eles iam até Nossa Senhora porque Maria está próxima do povo muçulmano".
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