Papa: "Com o fogo do amor, derreter o gelo das guerras"
Cidade do Vaticano
O Papa Francisco se despediu na tarde desta segunda-feira (06/05) do povo búlgaro na Praça Independência, no centro da capital, Sofia. O último compromisso público do Pontífice foi um encontro com expoentes de várias confissões religiosas em prol da paz.
Juntos, num palco, acenderam um círio e seis velas representando as religiões presentes, e ao som do Cântico das Criaturas, e diante de uma oliveira e de muitas rosas, símbolo da Bulgária, rezaram a oração de São Francisco. Ortodoxos, judeus, protestantes, armênios, muçulmanos e católicos fizeram suas preces e em seguida, ouviram a mensagem do Santo Padre.
Inspirado em São Francisco, cujo amor o levou a ser um autêntico construtor da paz, o Papa recordou que construí-la é um trabalho: dom e tarefa, presente e esforço constante e diário para que haja uma cultura onde também a paz seja um direito fundamental.
“A paz exige e pede-nos para fazermos do diálogo um caminho, da colaboração comum a nossa conduta, do conhecimento mútuo o método e o critério, para nos encontrarmos naquilo que nos une, respeitarmo-nos naquilo que nos separa, e encorajarmo-nos a olhar o futuro como um espaço de oportunidades e dignidade, especialmente para as gerações vindouras”.
Com o fogo do amor, queremos derreter o gelo das guerras
Situando suas palavras no lugar escolhido para este evento, as ruínas da antiga Serdika, Francisco lembrou que durante séculos, os búlgaros de Sófia pertencentes a vários grupos culturais e religiosos ali se reuniam para se encontrar e dialogar.
Que este lugar simbólico represente um testemunho de paz!
O desejo de paz manifestado pelo Papa se espalhou naquele momento por toda a terra:
“Nas nossas famílias, em cada um de nós e, de modo especial, naqueles lugares onde tantas vozes foram silenciadas pela guerra, sufocadas pela indiferença e ignoradas pela cumplicidade esmagadora de grupos de interesses. Que todos cooperem para a realização desta aspiração: os expoentes das religiões, da política, da cultura”.
O Papa terminou a mensagem com os votos expressos no sonho do Papa São João XXIII: uma terra onde a paz seja de casa.
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