A irmã Inês Nieves Sancho, apesar de sua idade, quis continuar sua missão em Nola, onde dava aulas de costura para as meninas A irmã Inês Nieves Sancho, apesar de sua idade, quis continuar sua missão em Nola, onde dava aulas de costura para as meninas 

Pesar do Papa por religiosa assassinada: deu a vida por Jesus no serviço aos pobres

A violência contra a vida consagrada no continente africano não dá trégua. Somente em 2019, foram sete os sacerdotes mortos. Na última segunda-feira, foi barbaramente assassinada uma religiosa espanhola de 77 anos. O Papa Francisco lamentou sua morte na Audiência Geral desta quarta-feira.

Cidade do Vaticano

Gostaria de recordar hoje com vocês da Irmã Inés Nieves Sancho, de 77 anos, há decênios educadora de jovens pobres, barbaramente assassinada na República Centro-Africana, justamente no local onde ensinava as jovens a costurar. Mais uma mulher que dá a vida por Jesus no serviço aos pobres. Rezemos em silêncio”.

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Ao final da Audiência Geral desta quarta-feira, 22, o Papa Francisco recordou com pesar o assassinato da religiosa espanhola, ocorrido na última segunda-feira.

"Não faço ideia. Em nossa região não acontecem homicídios rituais”, afirmou Dom Juan José Aguirre Muños, bispo de Bangassou, a quem a  Agência Fides pediu mais detalhes sobre o assassinato da religiosa espanhola, da comunidade local das Filhas de Jesus, morta na madrugada de 20 de maio no povoado de Nola, próximo a Berberati, sudoeste da República Centro-Africana, fronteira com Camarões.

Sacrifícios rituais

 

"Estou a mil quilômetros de distância de Nola. Telefonei para o bispo da Diocese e para a Superiora Provincial e eles não me disseram nada além do que já foi publicado", explicou Dom Aguirre.

As primeiras informações divulgadas indicavam que a religiosa havia sido decapitada e partes de seu corpo teriam sido levadas pelos assassinos para sacrifícios rituais.

Sabemos que “nas áreas da República Centro-Africana, na fronteira com Camarões, há camaroneses que praticam assassinatos rituais para extrair órgãos para serem usados ​​em ritos propiciatórios, para obter sorte na busca de diamantes, uma das riquezas da região", disse Dom Aguirre, reiterando que  "aqui em Bangassou isso não acontece".

A irmã Inés Nieves Sancho, apesar de sua idade, quis continuar sua missão em Nola, onde dava aulas de costura para as meninas. E foi justamente para um dos salões do local onde ela costumava ensinar as jovens a costurar e aprender um ofício, que ela foi levada por seus assassinos para ser morta, após ter sido tirada de seu quarto.

(Com Agência Fides)

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22 maio 2019, 15:46