Cristãos iraquianos ainda esperam visita do Papa
Cidade do Vaticano
A escalada das tensões entre o Irã e os Estados Unidos após o assassinato do general Solemaini volta a preocupar a comunidade cristã do vizinho Iraque, já reduzida em 90% desde 2003, ano do início do conflito na região, e ulteriormente reduzida com o advento do Estado Islâmico a partir de 2014.
Agora, há o temor de um novo êxodo de fiéis, conforme declarado pelo arcebispo de Erbil, Dom Bashar Warda, que expressa sua preocupação à Ajuda à Igreja que Sofre, a Fundação de direito pontifício fundada em 1947 para proteger os cristãos em áreas de risco, especialmente naquelas em que a Igreja sofre perseguições.
"Esta é a nossa pátria e não queremos ir embora - sublinha o prelado - para sobreviver e prosperar temos necessidade do apoio da comunidade internacional". Nesse contexto particularmente delicado, de fato, as minorias cristã e yazidi estão particularmente expostas "aos caprichos de quem está no poder".
"Não existe igualdade para os não-muçulmanos que vivem sob a lei islâmica", diz ele, expressando preocupação com o risco de que os cristãos, nessa situação, sejam identificados com o Ocidente e, portanto, com os Estados Unidos: "Temos medo de retaliação - explica à AIS - somos um alvo fácil e aqueles que nos atacam provavelmente ficarão impunes”.
Por fim, o prelado lança um apelo à comunidade internacional para que intervenha "usando a própria influência para acalmar as tensões" entre os dois países e, não obstante as dificuldades pelas quais passa sua comunidade, ainda é esperada a visita do Papa Francisco ao Iraque: “Isso certamente acontecerá, ainda que não se saiba quando. Deixo isso para a oração e a vontade do Espírito Santo. Confiamos em Jesus”.
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