Apelo pela Líbia: chega de crueldade, somos todos responsáveis
Bianca Fraccalvieri - Cidade do Vaticano
“Grande apreensão e dor” pela “dramática” situação na Líbia: foi o que manifestou o Papa Francisco ao final do Angelus dominical, afirmando que o país tem estado presente em suas orações nos últimos dias.
O apelo do Pontífice é dirigido aos organismos internacionais e aos responsáveis políticos e militares para que relancem com convicção um caminho que leve ao fim das violências e à paz, à estabilidade e à unidade do país.
Oração pelos migrantes
“Rezo também pelos milhares de migrantes, refugiados, solicitantes de asilo e deslocados internos na Líbia”, disse ainda o Papa, acrescentando que a situação de saúde agravou as já precárias condições dessas pessoas, tornando-as mais vulneráveis à exploração e à violência.
Francisco pede que a comunidade internacional olhe com cuidado para os migrantes, identificando percursos e fornecendo meios para garantir a proteção de que necessitam, uma condição digna e um futuro de esperança.
"Há crueldade", disse o Papa, recordando que todos têm responsabilidade sobre o que está acontecendo no país e pedindo aos fiéis uma oração silenciosa.
Valas comuns
A situação líbica há anos vive um impasse entre forças governamentais e forças leais ao general Khalifa Haftar, que provoca violência e a desestabilização do país.
Nos últimos dias, as Nações Unidas declararam a sua perplexidade com a descoberta de várias valas comuns, sobretudo em Tarhouna – reduto do general Haftar -, que fica a 65 quilômetros da capital, Trípoli. O secretário-geral, Antonio Guterres, pediu uma investigação completa e transparente para identificar as vítimas.
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