O Papa aos bispos europeus: caridade e coragem para ajudar as novas pobrezas
Emanuela Campanile/Mariangela Jaguraba – Vatican News
“A Igreja na Europa depois da pandemia. Perspectivas para a criação e para a comunidade” é o tema escolhido pelos bispos para a Assembleia Plenária do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE).
Prevista inicialmente em Praga, na República Tcheca, de 25 a 27 deste mês, a assembleia se realiza exclusivamente on-line, nesta sexta-feira, 25, e no sábado, 26, diante do agravamento da situação das infecções por Covid-19 na República Tcheca. Por ocasião deste encontro anual, o Papa Francisco manifestou sua proximidade aos participantes, enviando uma mensagem ao presidente do CCEE, cardeal Angelo Bagnasco.
Coragem e proximidade
O Pontífice manifesta apreço pelo tema escolhido pelos bispos e convida a identificar e continuar percorrendo “os caminhos corajosos do serviço pastoral”. Percursos inspirados pela experiência da Covid, explica Francisco:
A morte de muitos idosos, os dramas das famílias pegas de surpresa pela dor grande e ameaçadora, os dramas de crianças e jovens trancados em casa, os ritos religiosos e os percursos de formação cristã suspensos, levaram muitos sacerdotes e religiosos a encontrar formas corajosas de serviço pastoral, testemunhando a proximidade paterna e terna com o povo.
“Coisas novas e coisas antigas”
Diante de tanta dor e daquilo que o Papa identifica como “novas pobrezas”, é “necessário que esta fantasia da caridade continue, mostrando uma proximidade cada vez mais atenta e generosa com os mais fracos”, ressalta Francisco.
É importante que as comunidades cristãs não percam o que viveram, mas possam relê-lo espiritualmente a fim de “discernir perspectivas para o futuro”. A imagem a que o Papa se refere é a imagem evangélica do escriba “que extrai do seu tesouro coisas novas e coisas antigas”.
Asseguro minha oração para que, por intercessão da Virgem Maria e dos santos padroeiros Bento, Cirilo e Metódio, os Pastores da Igreja na Europa possam infundir em todos os fiéis a certeza da fé, segundo a qual, aconteça o que acontecer, nada poderá nos separar do amor de Cristo.
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