Francisco recebe Macron, a paz mundial no centro de conversa de uma hora
Salvatore Cernuzio - Vatican News
O carro blindado com a bandeira azul, branca e vermelha chegou ao Vaticano, no pátio de São Dâmaso, por volta das 10h20. O sorridente Presidente francês Emmanuel Macron, juntamente com sua esposa Brigitte e uma delegação de dez membros, foi recebido pela Guarda Suíça e por alguns cavalheiros de Sua Santidade, e pelo Regente da Casa Pontifícia, Dom Leonardo Sapienza, que o acompanhou até o elevador que levou o Presidente à Biblioteca Apostólica. Lá, pela terceira vez desde o início de seu mandato, ele encontrou o Papa Francisco. Em seguida, ele encontrou o Cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin, e Dom Paul Richard Gallagher, Secretário de Relações com Estados e Organizações Internacionais.
Longo encontro
Cinquenta e cinco minutos foi a duração do encontro de hoje (10h25-11h20), dois minutos a menos que a audiência de 26 de junho de 2018, lembrada pela opinião pública mundial pelo gesto final, sem precedentes e confidencial, do chefe do Eliseu que acariciava o rosto do Papa com sua mão esquerda. Como se fosse uma forma do presidente - não raro a gestos públicos de estima e afeto - de reiterar seu desejo de consolidar as relações entre a França e a Santa Sé, como já havia manifestado aos bispos franceses em seu mandato. A emergência migratória, a resolução de conflitos, a situação no Oriente Médio e na África, mas também as perspectivas do projeto europeu, foram os temas centrais da audiência, uma das mais longas concedidas pelo Papa a um chefe de Estado ou de governo.
O desejo de paz
Conforme informações do boletim da Sala de Imprensa da Santa Sé estes temas voltaram a ser falados. Durante o cordial encontro na Secretaria de Estado", afirmam, "se detiveram em questões internacionais, começando pelo conflito na Ucrânia, com especial atenção à situação humanitária. Também foi dada especial consideração à região do Cáucaso, ao Oriente Médio e à África".
Os presentes
Macron já havia anunciado sua intenção de presentear o Papa com uma primeira edição em francês da obra Paz Perpétua de Immanuel Kant. O exemplar, uma edição rara de 1796, foi entregue nas mãos do Pontífice que retribuiu com uma medalha de bronze, emoldurada em mármore, retratando São Pedro e a colunata. Juntamente com isso, os documentos papais, a Mensagem pela Paz deste ano, o Documento sobre a Fraternidade Humana e o livro sobre a Statio Orbis de 27 de março de 2020, editado por Lev.
Na terça-feira (25/10), Macron participará do evento da Comuniade de Santo Egídio no Coliseu presidido pelo Papa, na presença de outros líderes políticos e religiosos, para implorar a paz na Ucrânia e em áreas do mundo atormentadas pela guerra e pela violência. Neste rico programa, o presidente não queria perder uma visita ao Papa, com o qual ele tem estado em comunicação direta por anos.
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