JMJ 2023: Papa fala de acolhimento às famílias. Jovens plantaram árvores
Rui Saraiva – Portugal
Na passada semana, o Papa Francisco dirigiu-se, através de uma mensagem vídeo, às famílias portuguesas que vão acolher jovens durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023.
Universalizar a família, abrir horizontes
A organização da JMJ Lisboa 2023 publicou uma mensagem vídeo do Papa Francisco dirigida às famílias portugueses que vão acolher jovens durante a JMJ em Lisboa.
O Santo Padre começa por saudar todas as famílias dizendo-lhes que ao receber jovens durante a Jornada “o vosso lar vai-se alargar”.
Os jovens vão “universalizar”, afirma o Papa.
“Estes jovens que vêm vão causar problemas, incómodos e dar trabalho nas vossas casas, mas vão deixar sementes de outra cultura, vão deixar a semente de outro ponto de vista, vão relativizar cada um de vós em tantas coisas que tomavam por certas e que agora veem que, por outro lado, podem ser feitas de outra maneira. Eles vão universalizar”, diz o Papa na sua mensagem.
Receber jovens de todo o lado, “pode parecer pouco”, acrescenta o Santo Padre, mas, no entanto, “o universo cultural vai entrar em suas casas” através destes jovens, diz o Papa
“A isto chama-se universalizar, abrir os horizontes”, frisa Francisco.
“Obrigado por esta generosidade de receber jovens”, sublinha o Papa no final da mensagem.
Árvores JMJ, compromisso pela sustentabilidade
No passado sábado, dia 28 de janeiro, decorreu uma plantação de árvores no âmbito da JMJ Lisboa 2023. Uma iniciativa financiada na íntegra pelas receitas da World Youth Day Global Race, uma corrida virtual e presencial que teve lugar em outubro de 2022 com o objetivo de ajudar a reduzir a pegada carbónica do evento.
“A JMJ quis acolher a proposta do Papa Francisco na ‘Laudato Si’ sobre a sustentabilidade”, pelo que o montante angariado na corrida solidária “vai servir para plantar árvores”, disse à Agência Ecclesia na ocasião, Afonso Virtuoso, um dos responsáveis da atividade que teve a parceria da Move Sports e o patrocínio da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
Desta forma, foi agora possível plantar 1200 árvores no Arouca Geopark, um espaço na zona centro de Portugal, na área do concelho de Arouca, no distrito de Aveiro, que é reconhecido pelo seu excecional Património Geológico de relevância internacional.
Este parque de enorme beleza e biodiversidade está classificado como Geoparque Mundial da UNESCO e foi aí que cerca de 170 jovens plantaram sobreiros e carvalhos-alvarinhos.
Uma ação com o mesmo objetivo de sustentabilidade ambiental decorreu em Ermesinde, no distrito do Porto, onde dezenas de jovens plantaram 150 árvores, na presença do bispo do Porto, D. Manuel Linda.
A iniciativa teve lugar no Parque Aventura da Lipor, parceira local da JMJ Lisboa 2023. A Lipor é a Associação de Municípios para a Gestão Sustentável de Recursos do Grande Porto e foi fundada em 1982. Valoriza, e trata resíduos urbanos produzidos pelos oito municípios que a integram: Espinho, Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto, Póvoa de Varzim, Valongo e Vila do Conde.
“Era quase natural a nossa ligação à JMJ. É um momento importantíssimo da vida da comunidade cristã, onde também há a preocupação da biodiversidade e da sustentabilidade”, declarou aos jornalistas o presidente do Conselho de Administração da Lipor, José Manuel Ribeiro.
O bispo do Porto foi o primeiro a plantar uma árvore dando o exemplo aos jovens e aproveitou para recordar na ocasião as palavras do Papa Francisco, que tantas vezes interpela os cristãos a cuidarem da “casa comum”.
Depois das plantações deste sábado, já são mais de 4000 as árvores dedicadas à JMJ 2023, plantadas em várias partes do mundo tais como Angola, Índia, Nigéria, França, Austrália, Brasil e Portugal, revela o site da JMJ Lisboa 2023.
Símbolos JMJ já peregrinam em Braga
Entretanto, os símbolos da JMJ já estão a peregrinar na Arquidiocese de Braga. Chegaram no domingo, 29 de janeiro, vindos da diocese vizinha de Viana do Castelo.
Uma iniciativa que é “oportunidade de festa e de peregrinação de fé” caminhando com os jovens, disse o arcebispo de Braga, D. José Cordeiro, em declarações à Agência Ecclesia.
“Vejo esta peregrinação com muita esperança e muito realismo, sobretudo a enorme vontade de caminhar com os jovens e fazer caminho juntos para que a nossa vida seja cada vez mais configurada com Jesus Cristo e a presença da cruz e do ícone seja oportunidade de festa e peregrinação de fé”, disse o arcebispo de Braga.
A cruz peregrina e o ícone mariano “Salus Populi Romani” vão estar na arquidiocese de Braga até 3 de março, percorrendo os 14 arciprestados.
Depois de Braga os símbolos da JMJ serão acolhidos pela diocese de Aveiro.
A Rádio Vaticano e o Vatican News continuam a acompanhar a preparação da Jornada Mundial da Juventude que decorrerá de 1 a 6 de agosto em Lisboa.
Laudetur Iesus Christus
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