Francisco: perseverar nas orações à Ucrânia, que suporta terríveis sofrimentos
Andressa Collet - Vatican News
O testemunho de uma "multidão dos mártires: homens e mulheres das mais diversas idades, línguas e nações, que deram a vida por Cristo", depois da geração dos Apóstolos, foi enaltecido pelo Papa Francisco na Audiência Geral desta quarta-feira (19). Um caminho da cruz, aquele feito pelos mártires que seguem Cristo e o Evangelho, que também é um convite a todo cristão a "dar testemunho com a sua vida", até em tempos de tribulação, como acontece com a guerra na Ucrânia há mais de um ano, país que foi novamente lembrado pelo Pontífice ao final da catequese:
Dois russos admitem ter matado crianças e civis
As últimas notícias da linha de frente dizem respeito a ordens recebidas por russos para executar 20 crianças e também civis em Bakhmut e Soledar durante a invasão na Ucrânia, segundo revelações de uma organização russa de direitos humanos, a Gulagu.net, que luta contra a corrupção e a tortura na Rússia. Eles seriam dois ex-comandantes do Grupo Wagner, uma organização mercenária privada russa que luta na Ucrânia e foi designada pelo Departamento do Tesouro dos EUA como uma importante organização criminosa transnacional, que teria dado ordens "para aniquiliar toda a gente". Os dois soldados contaram que explodiram uma fossa com mais de 50 prisioneiros feridos e de ter "limpado" edifícios residenciais matando todos, inclusive menores.
A viagem de Lavrov ao Brasil
Enquanto isso, na frente diplomática, segundo declarações do ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, Moscou estaria interessada em negociações, estabelecendo interesses. A declaração surgiu do encontro com o chanceler Mauro Viera em reunião fechada no Itamaraty, em Brasília, na segunda-feira (17).
A viagem do emissário de Moscou ao Brasil faz parte da densa teia que Lula - que acaba de voltar de Pequim - está tecendo com os países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) para um plano de paz mediado por um grupo dos chamados "países amigos" para o conflito ucraniano, como reiterado pelo próprio Vieira, que voltou a criticar as "sanções unilaterais" contra Moscou.
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