Papa a 25 mil voluntários: sejam surfistas do amor, e a JMJ a primeira das ondas boas
Andressa Collet - Vatican News
Se na missa desta manhã de domingo (6), no Parque Tejo, o Papa Francisco exortou aos jovens que "não tivessem medo", no último compromisso oficial em Lisboa, no Passeio Marítimo Algés no final da tarde, o Pontífice motivou os cerca de 25 mil voluntários a continuarem em frente com as obras de Deus, com a caridade e o amor. Assim, a agenda de 5 dias do Papa em Portugal chegou ao fim, inclusive já tendo anunciado o destino da próxima JMJ que será em Seul, na Coreia do Sul, em 2027.
O empenho sem barulho e nem protagonismos
Ao encontrar voluntários centrais, paroquiais e de saúde, Francisco reforçou o seu "obrigado" a todos que trabalharam "tanto e bem: tornaram possível estes dias inesquecíveis! Lutaram durante vários meses, de forma escondida, sem barulho e sem protagonismos, para que todos pudéssemos encontrar-nos aqui a cantar juntos". Um exemplo de serviço feito em grupo, testemunhando o que se viveu na JMJ de Lisboa.
Um serviço de amor gratuito revelado no Evangelho, citou o Papa em discursco, pela Virgem Maria, "que «se levantou e partiu apressadamente» (Lc 1, 39) para servir a prima"; por Zaqueu, "que desce apressadamente da árvore para encontrar Jesus (cf. Lc 19, 6)"; pelas mulheres e pelos discípulos "que, na Páscoa, correm num vaivém do Cenáculo para o túmulo e vice-versa a fim de anunciar que Cristo ressuscitou (cf. Jo 20, 1-18)". "Quem ama não fica de braços cruzados, quem ama serve e quem ama corre a servir, corre a se empenhar no serviço aos outros", disse ainda o Papa ao acrescentar: "e vocês correram, heim! Correram muito nestes meses!". Apesar do cansaço para responder às urgências, os voluntários tinham "os olhos luminosos pela alegria do serviço: obrigado! Vocês fizeram este encontro mundial da juventude acontecer".
O testemunho de Chiara, Francisco e Filipe
O Papa então trouxe os testemunhos de Chiara, Francisco e Filipe: "vocês três nos falaram de um encontro especial com Jesus". Como disse Chiara, quando descobriu que está perto dEle:
"E experimenta-se que um pequeno «sim» a Jesus pode mudar a vida. Mas também os «sins» ditos aos outros nos fazem bem, quando estou para o serviço: no momento do cansaço, vocês se reanimaram e se alçaram dizendo 'sim' para servir os outros. Obrigado por isso."
Já Francisco disse que na JMJ encontrou o que precisava sem nem mesmo estar procurando. Caminhando, trabalhando e rezando com os outros conseguiu colocar a vida em ordem com a ajuda de Jesus e dos irmãos:
"É bonito isso: esta Jornada é útil, ajuda muito a colocar a vida em ordem. Mas por que, graças à Jornada? Não, graças a Jesus, que caminha ao nosso lado e se mostra a nós. Para colocar nossa vida em ordem, não precisamos de coisas, não precisamos de distrações, não precisamos de dinheiro. É preciso dilatar o coração. E se vocês dilatam o coração, colocarão a sua vida em ordem. Não tenham medo: dilatem o seu coração!."
E por fim, o testemunho de Filipe, que viveu na JMJ "um duplo encontro, com Jesus e com os outros", sejam eles voluntários do evento ou os companheiros da paróquia de origem, entre idosos e adolescentes da catequese.
Sejam surfistas do amor
Ao finalizar seu último pronunciamento oficial em terras portuguesas, o Papa trouxe a imagem das ondas gigantes - de até 30 metros de altura - das praias de Nazaré, a cerca de 100 Km de Lisboa. Nestes dias, disse Francisco, "também vocês enfrentaram uma onda enorme, não de água, mas de jovens, jovens como vocês, que afluíram a esta cidade" que, com a ajuda de Deus e dos companheiros, os levou ainda mais alto:
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