A série de audiências do Papa com 5 núncios apostólicos
Andressa Collet - Vatican News
O final de semana foi de agenda intensa para o Papa Francisco no Vaticano. Entre as audiências, o Pontífice recebeu 5 núncios apostólicos: no sábado (9) foram os representantes do Vaticano no Estados Unidos, dom Christophe Pierre; no México, dom Joseph Spiteri; e na Colômbia, dom Paolo Rudelli. Neste domingo (10), foi a vez de encontrar o arcebispo colombiano titular de Cingoli, dom Mauricio Rueda Beltz, núncio apostólico na Costa do Marfim; e também dom George George Panamthundil, arcebispo indiano titular de Floriana, núncio apostólico no Cazaquistão, Quirguistão e Tajiquistão.
A ordenação episcopal na Basílica de São Pedro
No final da tarde deste sábado (9), na Basílica de São Pedro, o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, foi quem conferiu a ordenação episcopal aos dois novos núncios apostólicos recebidos em audiência neste domingo (10) pelo Papa Francisco: dom Mauricio, 53 anos, diplomata da Santa Sé, foi subsecretário da Seção para o Pessoal e, no passado, também organizador de viagens papais; e dom George, 51 anos, foi conselheiro da nunciatura no Chipre.
Um dos conselhos de Parolin, que presidiu a cerimônia, foi de ter o cuidado de "promover um genuíno diálogo ecumênico e inter-religioso que favoreça a proibição de qualquer instrumentalização da religião". Referindo-se às leituras do dia, pediu que eles sejam, acima de tudo, "sentinelas que examinam os sinais dos tempos" e "construtores da reconciliação", para que "os filhos adotivos de Deus possam permanecer em amizade com o Senhor e obter a Sua graça".
Sentinelas que examinam os sinais dos tempos
Ao fazer parte do Colégio dos Bispos, com a ordenação episcopal, esclareceu o secretário de Estado, terão que examinar os sinais dos tempos "e discernir o que é bom e belo no horizonte e o que, em vez disso, constitui um perigo que, se não for reconhecido e interrompido, pode causar muitos danos, perturbando a vida dos fiéis". Ao recordar as exigências "de uma vida cristã saudável", ajudarão todos os batizados "a colocar sempre em primeiro lugar a preservação da amizade com o Senhor". Referindo-se então à página do Evangelho de Mateus, Parolin lembrou do convite a serem "construtores de reconciliação", distribuindo dons divinos, perdão, paz interior, a presença do Filho de Deus na Eucaristia, despertando o amor pela Igreja.
Núncios que levam a voz de paz do Papa
Como núncios, além disso, "sempre guardarão com carinho o pensamento e as palavras do Papa", que, com o carisma da verdade recebida, pode fazer avançar melhor a Igreja "na fidelidade à autêntica tradição, não concebida como cinzas a serem guardadas, mas como fogo a ser alimentado". Às autoridades dos Estados, então, continuou o cardeal Parolin, "vocês testemunharão a sincera preocupação do Papa pela paz e por um desenvolvimento harmonioso, que não produza crescentes bolsões de excluídos deixados à margem, na pobreza e sem proteção, nem agrave os desequilíbrios climáticos".
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