Papa: hanseníase, doença temida que atinge os mais pobres e marginalizados
Vatican News
Neste domingo, também o encorajamento às pessoas que assistem os doentes de hanseníase:
Celebra-se hoje o Dia Mundial dos doentes de hanseníase. Encorajo todos os que estão comprometidos no resgate e na reinserção social das pessoas afetadas por esta doença que, apesar de estar em declínio, continua a ser uma das mais temidas e atinge os mais pobres e os mais marginalizados.
Em janeiro de 2023, o Papa havia enviado uma mensagem aos participantes do II Simpósio sobre a Doença de Hansen intitulado "Não deixar ninguém para trás".
Francisco recorda na mensagem que a hanseníase "é uma das doenças mais antigas da história humana. O que até mesmo a Bíblia nos diz não é suficiente para nos recordar que o estigma ligado à hanseníase continua a causar graves violações dos direitos humanos em várias partes do mundo”. Então faz a exortação:
“Não podemos esquecer estes nossos irmãos e irmãs. Não devemos ignorar esta doença, que infelizmente ainda afeta tantos, especialmente em contextos sociais mais pobres”. Incentivando os participantes do Simpósio, Francisco escreveu: “Pelo contrário, convencidos da vocação da família humana à fraternidade, deixemo-nos interpelar e questionar: "Será que vamos nos debruçar para tocar e curar das feridas dos outros? Será que vamos nos abaixar para levar às costas o outro? Este é o desafio atual, de que não devemos ter medo" (Fratelli tutti, 70).
Ao final, a proximidade e uma mensagem de encorajamento:
Manifesto a minha proximidade a quantos sofrem da doença de Hansen e encorajo a continuar a trabalhar para que não lhes faltem o apoio espiritual e os cuidados de saúde. Que as comunidades cristãs se deixem evangelizar por estes irmãos e irmãs, permanecendo na linha da frente nos esforços para a sua plena integração.
A hanseníase é uma doença infecciosa crônica que atinge o sistema nervoso, especialmente os nervos das partes mais frias do corpo: mãos, pés e rosto. O Papa Francisco falou em apoio à observação.
O Dia Mundial contra a Hanseníase é comemorado internacionalmente todos os anos no último domingo de janeiro, com o objetivo de aumentar a conscientização pública sobre a hanseníase ou doença de hansen. Esta data foi escolhida pelo humanitário francês Raoul Follereau e é celebrada desde 1954.
Em 2021, 106 países reportaram à Organização Mundial da Saúde (OMS) 140.594 casos novos da doença no mundo, um aumento de 10,2% em comparação a 2020. A Índia é o país que mais reportou casos novos em 2021, cerca de 53,6% do total global. No continente americano houve a notificação de 19.826 (14,1%); desses, 18.318 (92,4%) ocorreram no Brasil.*
Índia, Brasil e Indonésia são os países que mais reportaram casos novos, correspondendo a 74,5% do total global (OMS, 2022). Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, 76 países reportaram casos novos em menores de 15 anos. No decorrer do ano de 2021, 9.052 novos casos foram diagnosticados na população menor de 15 anos, correspondendo a 6,4% do total de casos novos diagnosticados. Do total de casos novos diagnosticados no Brasil, 761 (4,1%) ocorreram em menores de 15 anos.
Entre 2017 a 2021 foram diagnosticados 119.698 casos novos de hanseníase no Brasil, dos quais 66.613 no sexo masculino, o que corresponde a 55,7% do total.
*Com informações do Boletim Epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde DO Ministério da Saúde - Número Especial, Jan. 2023
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