Papa visita Emma Bonino, que há pouco recebeu alta do hospital
Salvatore Cernuzio - Cidade do Vaticano
No caminho de volta da Gregoriana, onde nesta manhã encontrou a comunidade acadêmica, em vez de seguir direto para a Casa Santa Marta, no Vaticano, o Papa desviou sua rota para uma rua do centro de Roma. Francisco quis parar para visitar Emma Bonino, a conhecida ativista radical e agora líder do partido "Mais Europa", de 76 anos, que recebeu alta no final de outubro da clínica onde estava internada. Devido a dificuldades respiratórias, Bonino foi internada no dia 17 de outubro na unidade de terapia intensiva do Hospital Santo Spirito, em Roma; uma semana depois, foi transferida para uma clínica privada na capital e, nos últimos dias, voltou para casa.
Uma visita inesperada
Foi uma visita totalmente inesperada. Ao sair do portão da residência, o Papa foi abordado por algumas pessoas curiosas que lhe perguntaram em que condições encontrou Emma Bonino, que no passado já havia superado um câncer. "Muito bem", respondeu o Pontífice, "ela é sempre cordial", acrescentou.
Encontros anteriores
No passado, Francisco e Emma Bonino se encontraram várias vezes, começando em 4 de novembro de 2015, quando a ex-ministra das Relações Exteriores participou da Audiência Geral de quarta-feira na Sala Paulo VI. Junto com o procurador adjunto de Roma, Michele Prestipino, e Maria Rita Parsi, Bonino apresentou novas iniciativas da fundação "A Fábrica da Paz" em favor das crianças refugiadas. Em 8 de novembro de 2016, o Papa recebeu a política em uma audiência privada no Palácio Apostólico. Naquela ocasião, a Sala de Imprensa do Vaticano informou que “a conversa focou principalmente nos temas dos fluxos migratórios, do acolhimento dos migrantes e da sua integração”.
Foi precisamente pelo trabalho de Bonino em favor dos migrantes que o Papa Francisco elogiou a líder política durante um encontro informal em Santa Marta com o diretor do jornal italiano "Corriere della Sera", Luciano Fontana, também em 2015. Na ocasião, Francisco afirmou que Emma Bonino "ofereceu o melhor serviço à Itália para que conhecesse a África".
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