Bartolomeu I: retornar a uma visão integral de nossa vida
Cidade do Vaticano
“Não podemos separar a maneira em que tratamos o ambiente natural do modo como nos relacionamos com os nossos irmãos e irmãs. É trágico que isolamos os vários aspectos de nossa vida para justificar os nossos comportamentos contraditórios”.
Foi o que disse o Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, na mensagem de vídeo aos participantes da conferência internacional “Uma radical conversão ecológica depois da Laudato Sì. Pela descoberta do valor intrínseco de todas as Criaturas, Humanas e não-Humanas”, iniciada esta quarta-feira (07/03), na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma.
Recordando o compromisso comum e intensificado nos últimos anos com o “irmão” Papa Francisco ao sublinhar “a ligação forte entre todas as criaturas de Deus”, Bartolomeu I lembrou a Mensagem Conjunta de 1° de setembro passado, que convida ao reconhecimento e respeito por toda pessoa e por todos os seres vivos, sublinhando a “dimensão do pecado” ligada ao abuso da criação e à exploração dos seres humanos.
“A conversão, como arrependimento ou metanoia, exige o retorno a uma visão integral de nossa vida. Não podem existir duas maneiras de se comportar”, disse o Patriarca, segundo o qual pregação e prática “não podem ser desconectadas”.
“Hoje, sabemos do preço alto pago por toda a criação quando o nosso discurso político está em conflito com as nossas intercessões de oração e quando os nossos interesses espirituais estão em conflito com os nossos investimentos econômicos.”
“A conversão é mais que correção e o arrependimento não é um simples remorso. “Ambos pedem para unificar as partes separadas de nosso coração e de nossa vida” para parar de “servir dois patrões”, concluiu Bartolomeu I.
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