Cardeal Tauran recebido pelo soberano saudita em Riad
Cidade do Vaticano
O presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, cardeal Jean-Louis Tauran, foi recebido no Palácio Real em Riad na quarta-feira, 18 de abril, pelo Rei Salman Bin Abd Al-Aziz, que também tem o título de guardião das duas mesquitas das cidades sagradas muçulmanas de Medina e Meca.
O purpurado - que estava acompanhado pelo secretário do dicastério, Dom Ayuso Guixot, e pelo chefe do escritório para o Islã, monsenhor Akasheh – encontrou-se também com o ministro das Relações Exteriores, Adil al-Jubayr.
A delegação vaticana visitou ainda o Centro para a luta contra o pensamento extremista, e no dia anterior, terça-feira 17, foram recebidos em audiência pelo presidente do Conselho Consultivo (al-Shura), Abdallah bin Muhammad al-Shaykh.
As notícias sobre a visita ganharam amplo destaque nas principais mídias locais. A primeira a noticiar a visita foi a agência de notícias do governo, seguida pelas principais emissoras e redes sociais.
Na manhã de quinta-feira 19, vários jornais publicaram crônicas, acompanhadas por fotos, especialmente sobre o encontro com o rei no palácio Al Yamamah, e que contou com a presença, entre outros, do príncipe Salman bin Muhammad, e do Xeique Muhammad Abdul Karim Al-Issa, secretário geral da Liga Muçulmana Mundial (Lmm).
Após transmitir ao soberano os "sinceros bons votos" do Papa Francisco, o cardeal Tauran agradeceu pela generosa hospitalidade e por ter tomado parte em "iniciativas importantes que marcam uma abertura significativa também a outras religiões, especialmente ao cristianismo."
Em seu discurso, o presidente do dicastério vaticano recordou "as precedentes importantes iniciativas da Arábia Saudita em favor do diálogo inter-religioso", enfatizando "quão prejudicial é a instrumentalização da religião para fins políticos."
Disto, o convite para continuar "um diálogo sincero, a fim de encontrar soluções adequadas para os desafios" do mundo de hoje.
O cardeal também fez referência às "centenas de milhares de trabalhadores cristãos no reino saudita", assinalando tratar-se de "uma questão que o Papa Francisco acompanha com grande atenção".
Por fim, o purpurado falou sobre a necessidade de uma educação sólida para a justiça e paz. Esta última, disse, "é um tesouro frágil que deve ser protegido"; mas "a paz é inseparável da justiça: não há paz sem justiça, nem justiça sem perdão".
Por isso, concluiu ele, "a educação das jovens gerações para a paz é essencial".
A delegação da Santa Sé retorna esta sexta-feira ao Vaticano.
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