Santa Sé: integração social ajuda a vencer o terrorismo
Amedeo Lomonaco - Cidade do Vaticano
É vital respeitar as Convenções sobre direitos humanos e o direito internacional humanitário. Assim, se pode também impedir que os terroristas abusem e violem os direitos humanos como pretextos para suas ações atrozes.
Foi o que afirmou na sexta-feira, 30, em Nova Iorque, Dom Bernardito Auza, salientando que, para combater as ameaças à paz e à segurança, é crucial - além do papel de liderança da ONU – haver uma coordenação entre os Estados.
Dom Auza também recordou que a Santa Sé está ativamente engajada com os líderes de outras religiões, para evitar o incitamento a qualquer forma de radicalização.
Envolvimento da sociedade civil
Durante a conferência promovida pela ONU, representantes de instituições internacionais e da sociedade civil discutiram, em particular, como melhorar a cooperação entre Estados para conter o terrorismo.
Para Dom Auza, uma das chaves para combater este flagelo é a integração social: em primeiro lugar, temos de enfrentar os problemas das comunidades "com maior risco de radicalização", onde as ideologias fundamentalistas e os processos de recrutamento podem criar raízes.
É portanto fundamental - acrescentou o prelado - o envolvimento da sociedade civil que pode estimular os governos a respeitar os direitos humanos. Para evitar que indivíduos ou grupos se tornem terroristas - enfatizou o prelado - também se deve fazer uso de recursos e instrumentos legais adequados.
Iniciativas locais contra ameaças globais
Outro fator-chave indicado pelo Observador permanente da Santa Sé nas Nações Unidas é o envolvimento das populações locais. Grande parte do sucesso ou fracasso das estratégias antiterroristas - sublinhou Dom Auza - baseia-se em iniciativas locais.
Nesse sentido, os governos - disse ele - estão na linha de frente na promoção de estratégias contra o terrorismo e em mobilizar, em particular, os jovens contra esse flagelo.
Para combater o radicalismo, deve-se ademais promover políticas que favoreçam o emprego e melhorem as propostas formativas.
Finalmente, a liberdade de expressão e a possibilidade de expressar discordância por meio de formas democráticas devem ser garantidas para evitar que o ódio e a violência se espalhem.
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