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Ao túmulo de São Pedro pela Via Francígena: a peregrinação dos Padres Sinodais

A peregrinação pela Via Francigena é uma experiência espiritual que teve início na Idade Média, partindo da Inglaterra em direção ao túmulo de São Pedro, na Cidade Eterna.

Cidade do Vaticano

Os participantes do Sínodo dos Bispos sobre os Jovens, percorrem na manhã desta quinta-feira parte da Via Francígena, em peregrinação ao túmulo do Apóstolo São Pedro, na Basílica Vaticana.

Esta iniciativa foi promovida pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, por ocasião do Sínodo dos Bispos sobre os Jovens, que se concluirá no Vaticano, no próximo domingo dia 28, com a Missa presisida pelo Papa Francisco

Cerca de 300 Padres Sinodais, auditores e jovens, partiram às 8h30 (hora de Roma) do Centro Don Orione - zona Norte de Roma - e se dirigiram para a Via Francígena.

Ao longo do percurso, de cerca de 6 km, recolhem-se em oração em três etapas ou estações. Enfim, chegaram à Basílica Vaticana por volta das 11h30, para venerar as relíquias do Apóstolo Pedro e participar da celebração Eucarística diante do altar da Cátedra, na presença do Papa Francisco, presidida pelo Cardeal Lorenzo Baldisseri, Secretário Geral do Sínodo dos Bispos.

Via Francígena

 

A Via Francígena é um itinerário milenar que passa por quatro países, entre campos, montanhas e a primeira estrada construída pelos romanos. A peregrinação pela Via Francígena é uma experiência espiritual, iniciada na Idade Média, em direção ao túmulo de São Pedro, na Cidade Eterna.

A Via Francígena é conhecida também como “Via Romea Francigena” - “estrada da França para Roma” -. Mas, na realidade, este itinerário teve como ponto de partida a cidade inglesa de Cantuária.

França, Suíça e Itália completam o itinerário dos países cortados pela Via Francígena, mencionada pela primeira vez em um pergaminho do ano 876: era um itinerário muito utilizado, no período medieval, por soldados, comerciantes e peregrinos que iam visitar o túmulo dos apóstolos Pedro e Paulo em Roma.

Porém, muitos viajantes não terminavam sua peregrinação na Cidade Eterna, mas continuavam para o Sul Itália, até o porto de Bríndisi, de onde embarcavam para a Terra Santa.

Daí a importância da Via Francígena, que liga dois principais destinos das peregrinações medievais: Roma e Jerusalém, faltando apenas Santiago de Compostela, na Espanha.

Na verdade, a Via Francígena não é apenas uma estrada, mas um conjunto de itinerários alternativos muito utilizados, mas esquecidos ao longo dos séculos, por causa de diversas situações: mudanças políticas, ampliação do comércio e conflitos.

Enfim, não é fácil definir a rota, tampouco a extensão precisa da Via Francígena, que deveria ser de, aproximadamente, 1.800 km.

No final do século X, um diário orientou os peregrinos: no ano 990, o Arcebispo da Cantuária, Dom Sigerico ou Sério, fez uma viagem a Roma, para receber o Pálio sagrado das mãos do Papa. Ao regressar à sua cidade, anotou, em seu diário, 79 etapas do seu percurso, ainda hoje utilizadas pelos peregrinos.

 

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25 outubro 2018, 09:09