Igreja e budismo, ponte de amizade num mundo confuso
Cidade do Vaticano
Uma história longa de diálogo que teve início com Paulo VI, quarenta e seis anos atrás, tornou-se, no decorrer do tempo, uma amizade sólida e um sinal no mundo de hoje, agitado por violência e desconfiança.
Esta mensagem do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso recorda a evolução das relações entre a Igreja e o budismo tailandês, num período de festa para o país asiático.
Do início de novembro ao próximo domingo, Bangcoc é o centro das comemorações do 230º aniversário do templo budista de Chetupon (Wat Pho).
Uma delegação vaticana guiada pelo secretário do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, dom Miguel Ángel Ayuso Guixot, encontra-se nesta sexta-feira (09/11), em Bangcoc, para levar a saudação do Papa Francisco e participar das cerimônias de comemoração.
Amizade que cura
“A nossa presença hoje é um sinal claro do nosso laço de amizade. Aproveitamos a ocasião para agradecer a Assembleia Sangha de Wat Pho pelo compromisso constante no diálogo inter-religioso. Que a nossa visita aqui possa promover os nossos laços de amizade e construir pontes a fim de curar o mundo conturbado de hoje, atormentado pela violência, conflito, desconfiança e pelo sofrimento de milhões de pessoas”, destaca a mensagem do organismo vaticano.
Colaboração estreita
Ao saudar a Assembleia Sangha do Templo de Phra Chetuphon e todos os budistas da Tailândia, o texto recorda as palavras do Papa Paulo VI que recebeu em audiência, em junho de 1972, no Vaticano, uma delegação de monges tailandeses, desejando um diálogo cada vez mais amigável e uma estreita colaboração entre católicos e budistas.
Fazia parte daquela delegação Somdej Phra Wanaratana, eleito pouco depois o 17º Patriarca Supremo do Reino da Tailândia.
Caminhada de pequenos passos
O Papa Francisco encontrou, em 16 de maio passado, na Sala Paulo VI, uma delegação budista, e “manifestou seu sincero apreço a Wat Pho”.
Na ocasião, foi entregue ao Papa uma cópia do livro sagrado traduzido em língua contemporânea pelos monges de Chetupon.
“Um sinal tangível de sua generosidade e amizade que nos une há vários anos, um caminho de pequenos passos”, disse o Papa na ocasião.
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