Santa Sé otimista em relação ao Pacto Global para Migração
Cidade do Vaticano
Realizou-se em Roma, nesta quarta-feira (29/11), na sede da Imprensa Estrangeira, a coletiva de imprensa sobre o Pacto Global para Migração que, após dois anos de processo, será assinado pela maioria dos países na Conferência da ONU, em Marrakech, no Marrocos, nos dias 10 e 11 de dezembro próximo.
O evento contará também com a participarão 500 organizações da sociedade civil do mundo. A Santa Sé também estará presente com uma delegação de alto nível e pede “para os migrantes vulneráveis, uma migração segura, ordenada e regular”, conforme previsto pelos objetivos do Pacto Global para Migração.
O acordo não é vinculativo para os Estados, mas estabelece uma série de compromissos sobre os quais a Comunidade internacional chegou a um consenso nos dois anos de processo, segundo informações da Agência Sir
“A Santa Sé trabalhou muito para o desenvolvimento do Pacto Global para Migração. Agora, estamos no ponto de implementação dos acordos. Esperamos incentivar as Igrejas em cada país a acompanhar esse processo muito importante que mostra a vontade, o desejo e a política da Igreja em relação aos migrantes, sobretudo os vulneráveis”, disse o subsecretário da Seção Migrantes e Refugiados do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, pe. Michael Czerny, durante a coletiva de imprensa em Roma.
A Santa Sé participou do processo, propondo um documento com 20 itens concretos, “fruto do que fazemos, vivemos e sonhamos”. “Estamos felizes de ver que o Pacto Global para Migração se baseia no desejo de promover o diálogo e a cultura do encontro, não obstante o medo tenha as suas razões. Não podemos deixar que o medo decida”, disse pe. Czerny.
Segundo o sacerdote, a experiência do multilateralismo entre as nações “é a chave para resolver os problemas do mundo”. Mesmo se alguns países não pretendem assinar (Estados Unidos, Hungria, Austrália, Áustria, Bulgária e também na Itália existem declarações contraditórias), a Santa Sé está “otimista, pois a migração não é igual em todo lugar. É preciso dar uma resposta em cada país”.
“Se outros países responderem, outros farão o mesmo. Não é uma questão de quem assina ou não, mas de trabalhar junto. Aos poucos, penso que teremos uma resposta mais humana e decente em todos os lugares”, concluiu pe. Czerny.
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