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Do Sínodo dos Jovens à JMJ: Jesus envia para a missão

A característica do formador e da nova formação deve ser aquela do discípulo-missionário, diz padre Douglas, ao comentar os capítulos três e quatro do Documento Final do Sínodo.

Cidade do Vaticano - Padre Douglas Freitas Ferreira

Caros Amigos e Amigas que alegria encontrá-los para mais um episodio da nossa série que está oferecendo uma síntese do Documento final do Sínodo dos Jovens para ajudá-los na leitura desse rico documento. Cada semana que passa vemos que existem muitos pontos para a discussão e aprofundamento. Hoje entraremos nos capítulos três e quatro da terceira parte.

No capitulo terceiro, «Um renovado movimento missionário», os padres perceberam que os jovens estão diante de novas realidades que requerem uma aproximação e iluminação evangélica, contudo, a Igreja sabe que na companhia dos jovens será mais fácil entrar e descobrir os novos ambientes e os novos desafios que, além de tudo, tem uma linguagem muito própria. Dos diversos lugares e situações citadas no documento destaco algumas que estão mais ligadas à nossa realidade; acredito que a leitura atenta o ajudará o observar e discutir as outras situações.

Ouça e compartilhe!

O primeiro lugar apontado pelos padres que necessita uma presença maior da Igreja é o ambiente digital. O Evangelho precisa ser ali anunciado e vivido com uma cultura cristã; a dificuldade que os jovens apontaram aos padres foi a necessidade ser acompanhados e de ter alguém que ajude enfrentar os desafios que surgem em meio a internet. O Sínodo reconheceu que a Igreja ainda precisa preparar para enfrentar a digitalização do mundo, e a ajuda dos jovens nesse contexto é imprescindível.

Outro ponto importante é a questão da sexualidade, como já vimos em outra parte do documento, a Igreja insiste na formação adequada dos cristãos para anunciar a verdade sobre a vida sexual com uma linguagem e uma antropologia adequada capaz de comunicar a riqueza da diferença homem e mulher, do valor da castidade e do dom de si.

No Capítulo quarto, Formação integral, os padres se mostram muito preocupados com a fragmentação que a modernidade, certa forma, impõe as pessoas e reafirma a necessidade de uma formação que coloque ao centro a pessoa e que integre os diversos aspectos da vida desde a concepção até o seu fim natural. Para formar é necessário formadores preparados e o documento insiste que é urgente instruir aqueles que são, ou serão, formadores nos diversos âmbitos da sociedade. 

O jovem aqui encontra um amplo espaço, afinal, os formadores do futuro serão eles e a pergunta que podemos fazer é estamos preparando os formadores? A característica do formador e da nova formação, insiste o documento, deve ser aquela do discípulo-missionário. Sublinho, de maneira especial, que o Sínodo se preocupa muito com a formação das famílias que devem ser acompanhadas na preparação ao matrimonio.

No final do documento os Padres sinodais oferecem três propostas para favorecer a renovada formação: 1. A formação conjunta entre leigos, consagrados e sacerdotes que considere a presença de figuras familiares e femininas na formação dos jovens; 2. na grade de estudos e preparação para o ministério ordenado e a vida consagrada que exista uma preparação específica para a pastoral da juventude e; 3. A preparação de um caminho formativo que seja experiencial e comunitário.

Obrigado pela sua presença mais uma vez, até o nosso próximo programa. Deus abençoe.

 

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22 dezembro 2018, 08:22