Card. Parolin: em primeiro lugar a salvaguarda da pessoa humana
Cidade do Vaticano
“Os desafios de hoje são os desafios da paz”. Em um mundo tão fragmentado e conflitual, onde conta sempre menos o princípio do multilateralismo, a Santa Sé deve continuar a dar a sua contribuição para que seja salvaguardada a dignidade da pessoa humana e para que sejam construídas sociedades e nações pacíficas”. São palavras do cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado do Vaticano, ao falar no Simpósio “Santa Sé e Estado da Cidade do Vaticano no novo contexto internacional”. A jornada de estudos foi promovida, na Universidade Lumsa, pela Escola de Alta Formação em Direito Canônico, Eclesiástico e Vaticano por ocasião dos 90 anos da assinatura do Tratado de Latrão (11 de fevereiro de 1929), ato que sancionou o início de relações bilaterais entre Itália e Santa Sé.
Santa Sé, uma neutralidade positiva
No seu discurso conclusivo, o cardeal focaliza as raízes do Tratado de Latrão e confirma a tarefa que a Santa Sé desenvolve hoje. No contexto internacional, ontem como hoje, a Santa Sé reveste o “papel de mensageiro”, “um voto que segue há séculos”. Este diálogo com o mundo inteiro tem o seu centro na Boa Nova e se dedica principalmente na “promoção dos direitos humanos”. Portanto trata-se, ressalta o cardeal Parolin, estar em “perene diálogo” com os Estados para “garantir à humanidade um futuro digno”: através da sua “neutralidade positiva” a Santa Sé não se limita a ‘olhar de fora’, mas contribui para a construção de um diálogo entre as partes.
Tratado de Latrão, singular vitalidade
O Tratado de Latrão – especifica Giuseppe dalla Torre, da Universidade Lumsa e presidente do Tribunal do Estado da Cidade do Vaticano – foi um evento importante para a nossa história: de fato, concluiu o conflito entre Estado e Igreja na Itália e apaziguou a consciência dos católicos italianos, divididos entre as razões de duas fidelidades, à Igreja e à Pátria. Com o tempo o Tratado assinado em 11 de fevereiro de 1929 evidenciou a qualidade das soluções encontradas na época, e que até hoje manifestam uma singular vitalidade.
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