O Angelus do Papa antes da missão do Apolo 11: a ficção científica se torna realidade
Bianca Fraccalvieri – Cidade do Vaticano
A ficção científica se tornou realidade em 20 de julho de 1969, quando os astronautas estadunidenses Neil Armstrong e Buzz Aldrin colocaram os pés na Lua, depois de quatro dias de viagem a bordo do Apollo 11.
Sobre a superfície lunar, os americanos deixaram uma lâmina de ouro com os versículos do Salmo 8:
"Quando vejo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que preparaste; Que é o homem mortal para que te lembres dele? e o filho do homem, para que o visites? Pois pouco menor o fizeste do que os anjos, e de glória e de honra o coroaste. Fazes com que ele tenha domínio sobre as obras das tuas mãos; tudo puseste debaixo de seus pés."
Quem somos nós?
Uma semana antes da expedição, no dia 13 de julho de 1969, o Papa Paulo VI rezou a oração mariana do Angelus na intenção “deste fato singularíssimo e maravilhoso”.
Falando dos progressos da ciência e da técnica, o Papa Montini disse que o que mais impressiona é ver que não se trata de sonhos: “A ficção científica se torna realidade”.
Para o Pontífice, a reflexão se curva especialmente sobre o homem:
Esses questionamentos filosóficos se concluem com essas palavras: “O homem, esta criatura de Deus, mais do que a lua misteriosa, está no centro deste feito, que se revela. Revela-se gigante. Revela-se divino, não em si, mas no seu princípio e no seu destino. Honra ao homem, honra à sua dignidade, ao seu espírito e à sua vida”.
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