População dos Estados insulares, centro e fim de toda a vida econômica e social, diz Parolin na ONU
Amedeo Lomonaco - Cidade do Vaticano
O maior recurso dos pequenos Estados insulares em desenvolvimento é o seu povo, “centro e fim de toda a vida econômica e social".
Foi o que afirmou o cardeal Pietro Parolin em Nova York, acrescentando que a chave para o desenvolvimento sustentável desses países é uma ampla "aliança de governos, sociedade civil e setor privado", chamados a trabalhar em conjunto "para investir nas pessoas".
Eles devem ser inspirados "pela solidariedade e pelo imperativo ético de que ninguém seja deixado para trás". Essa abordagem centrada na pessoa, sublinhou o cardeal, "deve ir além das simples medidas econômicas". Como as pessoas são mais que agentes econômicos ,"é necessário um maior senso de responsabilidade pela justiça e pelo bem comum".
Entre progressos e lacunas
A Santa Sé, recordou o cardeal Parolin, está muito satisfeita com os progressos alcançados em várias áreas, entre os quais a gestão de resíduos. Não obstante os progressos, todavia, o último relatório publicado pela ONU sobre a "Parcerias em favor dos pequenos países insulares em desenvolvimento", revelou que diversas prioridades exigem uma maior atenção. Entre estas, a luta contra diferentes formas de pobreza e a criação de proteções sociais mais sólidas.
Trata-se de áreas interligadas e centrais "por uma correta implementação de um desenvolvimento humano integral que seja realmente capaz de não deixar ninguém para trás". Os esforços devem ser intensificados, acrescentou o cardeal Parolin, levando em consideração que os desafios nesses países estão ligados a lacunas em diversos setores, incluindo os de serviços de água e saneamento e o sistema de transportes.
Mudanças climáticas e ameaças
Não podemos esquecer, observou o cardeal secretário de Estado, que algumas das ameaças mais significativas aos pequenos Estados insulares em desenvolvimento estão ligadas às mudanças climáticas.
Quando falamos de elevação do nível do mar e de imprevisibilidade do clima, não estamos nos referindo somente a questões ambientais ou de desenvolvimento. Trata-se de uma ameaça existencial, sobretudo se considerarmos as terras pequenas e baixas e a distância geográfica desses países.
Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui