Ação solidária "É tempo de cuidar" já tem mais de 2 meses de atuação no país Ação solidária "É tempo de cuidar" já tem mais de 2 meses de atuação no país 

Campanha da CNBB e Caritas que já ajudou 260 mil pessoas é divulgada no Vaticano

Mais de 900 toneladas de alimentos já mataram a fome de 260 mil pessoas graças à ação solidária da Igreja no Brasil intitulada “É Tempo de Cuidar”. A campanha, com mais de 2 meses de atuação no país, faz parte do último boletim divulgado pela Seção Migrantes e Refugiados do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral do Vaticano.

Andressa Collet – Vatican News

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Já são mais de 2 meses de campanha nacional no Brasil com o lema “É tempo de cuidar” e os números mostram a força da solidariedade no país: mais de 900 toneladas de alimentos e cerca de 220 mil unidades de kits de higiene e limpeza chegaram a 260 mil pessoas. Os dados fazem parte do balanço divulgado no dia 8 de junho pelo Comitê Gestor da ação solidária emergencial da Igreja, que conta com o apoio conjunto da CNBB e da Caritas Brasileira.

A campanha, que começou a receber doações em 12 de abril, tem procurado amenizar as consequências da pandemia nas comunidades mais vulneráveis. Entre os beneficiados, moradores em situação de rua, desempregados, carentes, além de migrantes e refugiados. Essas pessoas também estão recebendo outros materiais arrecadados, como: mais de 50 mil unidades de roupas e calçados, e cerca de 55 mil unidades de equipamentos de proteção individual.

É tempo de cuidar

A ação solidária no Brasil faz parte do último boletim divulgado na terça-feira (16) pela Seção Migrantes e Refugiados do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral do Vaticano. Desta vez, o serviço apresenta iniciativas de entidades católicas em todo o mundo mobilizadas em arrecadar fundos para ajudar a aliviar o sofrimento da vida dos migrantes, duramente atingidos pela situação de emergência e confinamento por causa da crise da Covid-19.

Outras boas práticas, além da brasileira, vêm das Caritas do Sudão do Sul, Mali, Níger e Ucrânia que pediram apoio financeiro para projetos de auxílio às pessoas deslocadas internamente e os refugiados. Na Malásia, as igrejas estão oferecendo ajuda e assistência às famílias de migrantes, que vivem de forma precária e são contratados por dia.

No Chile, o Instituto Católico de Migração lançou a campanha #NoMasDistanciamineto (Não mais Distanciamento) para apoiar os migrantes durante a crise, incentivando a tratar bem as pessoas e enfatizando a solidariedade enquanto se respeita o distanciamento social. Já as dioceses chilenas de Rancagua e São Bernardo lançaram a campanha chamada “Cinco Pães e Dois Peixes”.

Medidas de prevenção contra o vírus

O boletim desta semana também traz indicações sobre medidas preventivas para conter o vírus em diferentes países, sobretudo em áreas isoladas e rurais. Com a Escola da Paz nos campos de refugiados de Nyumanzi, em Uganda, pronta para reabrir, a Comunidade de Sant Egídio, da Itália, visitou o local para oferecer aulas práticas sobre a prevenção e a luta contra a pandemia.

Centros de detenção de migrantes

Outra questão retratada no boletim, com iniciativas desenvolvidas no mundo, é sobre o apoio a migrantes que estão em centros de detenção – muitas vezes superlotados e com alto risco de contágio do vírus. No Reino Unido, com o cancelamento das visitas presenciais, o acompanhamento por parte do Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS) acontece por telefone ou com doações. Vários atores católicos, porém, defendem a libertação dessas pessoas para protegê-las, favorecendo a unidade familiar sem comprometer a segurança pública.

O serviço online do Vaticano, que procura noticiar iniciativas desenvolvidas em todo o mundo, é oferecido em 5 línguas, além do português, em italiano, espanhol, inglês e francês. Até agora já são 9 boletins semanais que você pode ser acesso inclusive em pdf, através do site da Seção Migrantes e Refugiados.

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17 junho 2020, 11:52