Cazaquistão recorda em exposição a obra de "João Paulo II, o Papa do diálogo"
Vatican News
“João Paulo II foi um líder religioso incomparável e um incansável defensor do diálogo entre povos, religiões, culturas e civilizações. A importância do diálogo foi uma das principais razões da visita histórica de João Paulo II ao Cazaquistão, que ele chamou de ‘um país aberto ao encontro e ao diálogo’.”
Com estas palavras, o núncio apostólico no Cazaquistão, o arcebispo Francis Assisi Chullikatt, ressaltou a importância de São João Paulo II como figura que inspira o caminho ecumênico do país da Ásia Central.
A mensagem de dom Chullikatt foi expressa à margem da inauguração da exposição fotográfica “João Paulo II - Papa do Diálogo”, em andamento em Nursultan, a capital do Cazaquistão, em colaboração com a Embaixada da Polônia, para celebrar o centenário do nascimento de Karol Wojtyla.
Primeiro país da Ásia Central visitado por João Paulo II
Em seu discurso, o arcebispo indiano evidenciou que o Papa polonês frequentemente enfatizou o papel construtivo e edificante do diálogo, que a religião deve desenvolver de forma coerente e convincente na sociedade, assumindo a obrigação de contribuir para a formação da consciência humana, ensinando o respeito e a tolerância para com outros povos, culturas e denominações religiosas.
O Congresso é realizado a cada três anos na capital do Cazaquistão, e dá forma concreta à preciosa e ousada visão de João Paulo II, que elogiou o Cazaquistão como uma ‘ponte entre o Oriente e o Ocidente, e um lugar de encontro para diferentes civilizações, com profundas raízes espirituais e diferentes confissões religiosas.
João Paulo II, profeta do diálogo
O núncio apostólico salientou, além disso, que João Paulo II “incansavelmente encarnou sua missão de profeta do diálogo através do testemunho de um serviço generoso e de um altruísmo excepcional para o bem de toda a humanidade. Fazendo uma peregrinação pelas estradas deste mundo, nos mostrou que através do diálogo podemos sempre e em qualquer lugar chegar ao próximo, estendendo-lhe a mão com amizade, num gesto doce de amor, compreensão e solicitude recíproca”.
A ligação entre o Papa Wojtyla e o Cazaquistão tem uma data histórica, 1992: em 17 de outubro daquele ano João Paulo II emitiu o breve “Partes Nostras”, documento com o qual estabeleceu a Nunciatura Apostólica do estado cazaque.
Agradecimento à Polônia pelo grande dom de S. João Paulo II
A data marcou o início de um caminho de conhecimento recíproco e colaboração mútua: testemunham isso, as três visitas oficiais do ex-presidente Nursultan Nazarbayev ao Vaticano (que se realizaram em 1998, 2003 e 2009), mas sobretudo a visita pastoral de João Paulo II ao Cazaquistão em setembro de 2001.
Portanto, explicou dom Chullikatt, por ocasião do centenário do nascimento de João Paulo II e na vigília do vigésimo aniversário de sua visita ao Cazaquistão, “queremos agradecer sinceramente à Polônia pelo grande dom de São João Paulo II, que nos ensinou a necessidade de sentir-nos todos irmãos nos braços de Deus, o sumo Bem de todo homem”.
Maior interação entre Santa Sé e governo cazaque
As interações entre a Santa Sé e o governo cazaque receberam novo impulso em outubro passado, quando o Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-Religioso e o “Centro Cazaque para o Desenvolvimento do Diálogo Inter-Religioso e Inter-Civil Nursultan Nazarbayev” (NJSC) assinaram um Memorando de entendimento com o objetivo de abrir “novas oportunidades e formas mais promissoras de implementar projetos comuns, para promover o respeito e o conhecimento entre representantes de diferentes religiões”.
No Cazaquistão existem comunidades de diferentes nacionalidades e denominações religiosas: de acordo com dados oficiais fornecidos pelo Ministério das Relações Exteriores cazaque, dos 17 milhões de habitantes, 70% são muçulmanos, cerca de 26% são cristãos, 1% dos quais são católicos.
(Fides)
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