Prevenção à saúde dos pobres: Vaticano oferece vacina contra gripe e teste da Covid-19
Andressa Collet - Vatican News
Os menos favorecidos economicamente são lembrados anualmente pela Igreja no Dia Mundial dos Pobres, instituído pelo próprio Papa Francisco e celebrado no último domingo (15), mas as iniciativas de solidariedade que partem do Vaticano procuram ser uma presença concreta diariamente. Sobretudo neste contexto desafiador imposto pela emergência sanitária da Covid-19, já que atua diretamente na prevenção à pandemia, fazendo testes contra a doença e disponibilizando vacinas contra a gripe.
Dados da Esmolaria Apostólica desta segunda-feira (16), que estão sendo sempre atualizados, revelam que até agora 250 pessoas foram vacinadas contra a gripe. Esse número, porém, “é sempre em aumento”. Ainda em se tratando de prevenção, uma equipe de 2 médicos e um enfermeiro são convocados de duas a três vezes por semana para aplicar os testes para a Covid-19 a partir da ambulância: por semana, são realizados de 130 a 150 exames para diagnosticar o coronavírus.
A ambulância da Esmolaria Apostólica, doada e abençoada pelo Pontífice no início de junho, é um exemplo prático para facilitar o acesso básico à saúde dos mais pobres. O veículo, que faz parte da frota utilizada dentro do Estado do Vaticano, foi colocado à disposição do Governatorato justamente para atender quem não tem moradia fixa e vive as dificuldades do povo de rua. Normalmente, são pobres que buscam refúgios nas proximidades do Vaticano ou que estão alojados junto a entidades de serviços sociais.
Ambulância, Poliambulatório Móvel e Ambulatório
Além da ambulância, que dá assistência à saúde diária aos pobres há 5 meses, a Esmolaria Apostólica atua com um Poliambulatório Móvel que percorre as periferias de Roma e, sob a Colunata de São Pedro, oferece os serviços do Ambulatório Mãe da Misericórdia: 3 médicos e um enfermeiro trabalham na primeira triagem aos moradores em situação de rua ou mesmo às pessoas que não têm assistência de saúde, além daqueles novos pobres criados pela pandemia de Covid-19.
A multidão de novos pobres
De fato, a nova emergência de saúde global tem pesado economicamente nos países do mundo inteiro gerando mais de 100 milhões de novos pobres, segundo dados do Banco Mundial. Na Itália, nos meses de lockdown, sobretudo em abril e maio, metade das famílias no país tiveram redução na renda. Além disso, uma recente pesquisa da Caritas local, aponta que entre março e maio de 2020 houve um forte aumento no número de pessoas que precisaram buscar apoio em nível diocesano e paroquial: cerca de 450 mil pessoas.
O presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, dom Rino Fisichella, ao apresentar a programação do Dia Mundial dos Pobres no Vaticano na semana passada, confirmou que as famílias em dificuldades financeiras das paróquias de Roma receberam 5 mil cestas de alimentos e produtos de necessidades básicas. A rede de solidariedade do Papa, que contou com vários parceiros, enviou um lote de 350 mil máscaras para pelo menos 15 mil estudantes das escolas, principalmente da periferia de Roma.
Dom Fisichela destacou que, como o Papa Francisco enfatizou na mensagem que divulgou para o Dia Mundial dos Pobres deste ano:
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