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Missa presidida pelo cardeal Sandri recorda Beatos Mártires na Bulgária

Em 20 de janeiro de 2011, o governo búlgaro instituiu o o “Dia de reconhecimento e respeito pelas vítimas do totalitarismo e em particular do regime comunista”. Na Missa celebrada em Roma, o cardeal Leonardo Sandri recordou que, para vencer o mal, deve-se deixar “transformar cada dia, sempre mais, à imagem de Cristo (...). Somente assim seremos capazes de permanecer vencedores diante das antigas e novas ideologias que ainda hoje desfiguram o rosto do outro, transformando-o de irmão em inimigo, construindo muros, gerando divisão, deixando por fim o homem mais só e com o coração mais pobre”.

 Lisa Zengarini – Vatican News

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Eram 2.618: políticos, oficiais do exército, professores universitários e tantos religiosos, ortodoxos, mas também católicos, todos condenados à morte em 1º de fevereiro de 1945 (cerca de cem executados no mesmo dia) por um "Tribunal do Povo" do nascente regime comunista búlgaro.

E é nesta data simbólica que se celebra todos os anos na Bulgária o “Dia de reconhecimento e respeito pelas vítimas do totalitarismo e em particular do regime comunista”, instituído pelo governo búlgaro em 20 de janeiro de 2011.

Um dia comemorado pelas autoridades civis e pela Igreja Ortodoxa Búlgara ao qual o prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, cardeal Leonardo Sandri, uniu-se espiritualmente em Roma, que na manhã de segunda-feira presidiu na Basílica de São Bartolomeu, na “Ilha Tiberina”, uma Eucaristia votiva pelos quatro Beatos Mártires da Bulgária, também vítimas do regime comunista: o bispo passionista de Nicópolis, Dom Eugenio Bossilkov e os sacerdotes assuncionistas Pavel Dzidzov, Kamen Vichev e Josafat Scisckov, condenados à morte e fuzilados em 1952.

A iniciativa, promovida em Roma pela Embaixada da Bulgária junto à Santa Sé, foi realizada em streaming com o país visitado pelo Papa Francisco em maio de 2019, por ocasião do décimo aniversário da instituição da data comemorativa.

Em sua homilia, o cardeal Sandri destacou a ligação dos quatro mártires católicos às outras vítimas do regime comunista na Bulgária: “Com seu martírio - afirmou - testemunharam que católicos, bizantinos e latinos, hoje como na época, são e querem realmente ser filhos da Bulgária, cidadãos exemplares que contribuem para o seu crescimento e o bem comum, ao lado dos irmãos da Igreja Ortodoxa, dos muçulmanos, judeus e homens e mulheres de boa vontade”. Seu sangue, observou o purpurado, citando as palavras do Beato Bossilkov, foi garantia de "um esplêndido futuro para a Igreja na Bulgária".

Recordando então a passagem do Evangelho que narra Jesus expulsando o demônio de um geraseno, o cardeal Sandri chamou a atenção de como essa herança só pode ser mantida viva, deixando-se “transformar cada dia, sempre mais, à imagem de Cristo”. “Somente assim - concluiu – seremos capazes de permanecer vencedores diante das antigas e novas ideologias que ainda hoje desfiguram o rosto do outro, transformando-o de irmão em inimigo, construindo muros, gerando divisão, deixando por fim o homem mais só e com o coração mais pobre”.

Os Superiores Gerais dos passionistas e assuncionistas, e cerca de uma dezena de sacerdotes, concelebraram com o cardeal Sandri. Também estiveram presentes alguns membros do Corpo Diplomático da Santa Sé.

O Reitor da Basílica, padre Angelo Romano, no início do rito saudou os presentes, depois do Embaixador da Bulgária junto à Santa Sé, Bogdan Patashev. Por ocasião da celebração, o Superior Geral dos passionistas levou uma relíquia do Beato Bossilkov à Basílica de São Bartolomeu, que já guarda as relíquias dos padres Pavel Dzidzov, Kamen Vichev e Josafat Scisckov.  Trata-se de uma parte da camisa que os carcereiros restituíram à irmã do prelado, que ia levar comida a ele na prisão, informando-o da morte do irmão.

Vatican News Service - LZ

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02 fevereiro 2021, 07:03