O cardeal Agostino Cacciavillan (14 de agosto de 1926 - 5 de março de 2022) O cardeal Agostino Cacciavillan (14 de agosto de 1926 - 5 de março de 2022)

Pesar do Papa pelo falecimento, aos 95 anos, do cardeal Agostino Cacciavillan

Presidente emérito da Administração do Patrimônio da Sé Apostólica (Apsa), nasceu em 14 de agosto de 1926 em Novale di Valdagno, na província italiana de Vicenza. Também serviu nas nunciaturas apostólicas de vários países: Filipinas, Espanha, Portugal, Quênia, Índia, Nepal e EUA. João Paulo II o criou cardeal em 2001

Vatican News

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O Papa Francisco manifesta seu pesar pelo falecimento do cardeal Agostino Cacciavillan. “Penso neste irmão que, com dedicação exemplar e agudeza de pensamento, generosamente usou os muitos talentos recebidos para o bem da Igreja." Francisco recorda seu fecundo ministério nos vários encargos assumidos ao longo dos anos, destacando ter sido o purpurado presidente da Administração do Patrimônio da Sé Apostólica, pedindo ao Senhor a fim de que, por intercessão da Virgem Maria, “acolha este fiel servidor na Jerusalém celeste”.

O cardeal vicentino Agostino Cacciavillan veio a falecer nas primeiras horas desta manhã de sábado em sua casa no Vaticano: ele tinha 95 anos de idade. Suas exéquias serão celebradas pelo cardeal decano Giovanni Battista Re na segunda-feira, 7 de março, às 11h locais no Altar da Cátedra na Basílica de São Pedro. No final da missa, o Papa Francisco presidirá o rito da Ultima Commendatio e Valedictio. Desde o final da tarde deste sábado, o corpo está sendo velado na Igreja de Santo Estêvão dos Abissínios, no Vaticano.

Presidente emérito da Administração do Patrimônio da Sé Apostólica, Apsa, o cardeal Cacciavillan nasceu em 14 de agosto de 1926 em Novale di Valdagno, na diocese e província italiana de Vicenza. Viveu em uma grande família de nove filhos, entre irmãos e irmãs. Ordenado sacerdote em 26 de junho de 1949, ele se mudou para Roma em 1952 para estudar na Pontifícia Universidade Gregoriana (mestrado em ciências sociais), na Universidade Estadual (doutorado em direito) e na Pontifícia Universidade Lateranense (doutorado em direito canônico). Ele acompanhou sua paixão pelos estudos com um trabalho pastoral entre estudantes universitários e graduados católicos.

Estudou durante dois anos na Pontifícia Academia Eclesiástica (1957-1959), depois trabalhou na Secretaria de Estado. Foi então enviado às Filipinas como secretário na Nunciatura Apostólica em Manila. De 1964 a 1968 foi secretário da Nunciatura em Madri e por alguns meses também em Lisboa. De 1968 a 1976 trabalhou na Secretaria de Estado, em particular como chefe do Setor de Informação e Documentação.

Em 17 de janeiro de 1976, Paulo VI nomeou-o pró-núncio apostólico no Quênia e delegado apostólico em Seychelles. Foi ordenado bispo no dia 28 de fevereiro seguinte na Basílica de São Pedro no Vaticano pelo cardeal Jean Villot, secretário de Estado. No Quênia, de 1976 a 1981, também foi observador permanente da Santa Sé nas Organizações das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Assentamentos Humanos (UNEP, Habitat). Em 9 de maio de 1981 o Papa João Paulo II o nomeou pró-núncio Apostólico na Índia, encargo que em 30 de abril de 1985 se somou ao de primeiro pró-núncio apostólico no Reino do Nepal. Em 13 de junho de 1990, o Santo Padre o transferiu para a Nunciatura Apostólica nos EUA, e ao mesmo tempo o nomeou observador permanente da Santa Sé junto à Organização dos Estados Americanos (OEA). Em Washington D.C., foi também o representante da Santa Sé na Associação Mundial de Juristas.

Em 5 de novembro de 1998, o Papa o nomeou presidente da Administração do Patrimônio da Sé Apostólica, cargo que assumiu no mês de dezembro seguinte. Como presidente da Apsa, também teve responsabilidades dentro da Fundação 'Centesimus Annus-Pro Pontifice'. Em 1º de outubro de 2002, se tornou presidente emérito da Apsa.

João Paulo II o criou cardeal no Consistório de 21 de fevereiro de 2001. Em abril de 2005, participou do conclave que elegeu o Papa Bento XVI. Foi cardeal protodiácono de 1º de março de 2008 a 20 de fevereiro de 2011.

Com sua morte, o Colégio cardinalício resulta formado por 212 cardeais, dos quais 119 são eleitores e 93 são não-eleitores.

(ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO ÀS 18H50)

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05 março 2022, 15:24