ONU, em Nova York encontro entre Parolin e Lavrov
Alessandro De Carolis – Vatican News
Diálogo sempre, "porque há sempre a possibilidade de que no diálogo as coisas possam mudar". No voo de retorno do Cazaquistão, o Papa falou mais uma vez aos jornalistas com os quais conversou sobre a rota diplomática que normalmente guia a Santa Sé, especialmente nos últimos meses no contexto da guerra russo-ucraniana. Uma orientação seguida por todos os colaboradores de Francisco, começando pelo secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, que por ocasião da sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, nesta quinta-feira (21/09), encontrou-se com o ministro russo das Relações Exteriores, Sergey Lavrov.
Parolin, proibição de testes nucleares
Falando na décima reunião dos Amigos do Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares (CTBT), grupo criado em 2002 pela Austrália, Canadá, Finlândia, Alemanha, Japão e Holanda, o secretário de Estado reafirmou que "com o aumento das tensões globais e a retórica que ameaça o uso de armas nucleares, é extremamente importante colocar em vigor o CTBT".
A paz começa quando as armas se calam
A afirmação do cardeal Parolin ecoa os numerosos apelos do Papa para desarmar os arsenais de todos os tipos e acabar com o trágico comércio de armas. No final da Audiência Geral, da última quarta-feira (20/09), ao reiterar a proximidade e o apoio ao povo ucraniano, "nobre e mártir", Francisco sublinhou como nesta "guerra trágica" alguns "pensam em armas nucleares, uma loucura", e compartilhou com os presentes a história do cardeal Krajewski, de retorno de sua última missão na Ucrânia. "Ele me contou sobre a dor desse povo, as ações selvagens, as monstruosidades, os cadáveres torturados", insistindo, como no Angelus do último domingo, sobre o único caminho a seguir: "Não nos esqueçamos: a paz é possível quando as armas se calam e o diálogo começa!".
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