Elizabeth II, uma líder sábia inspirada pela fé
Benedetta Capelli – Vatican News
O afeto do mundo por uma soberana que faz falta, por quem muitos nutriram profundo respeito e estima. Este é um dos aspectos sublinhados pelo cardeal britânico Arthur Roche, prefeito do Dicastério para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, na missa comemorativa da Rainha Elizabeth II, que faleceu em 8 de setembro, celebrada nesta quarta-feira (28/09).
Uma cerimônia na Basílica de São Paulo Fora dos Muros foi organizada pelas embaixadas da Grã-Bretanha, Austrália e Canadá junto à Santa Sé, concelebrada pelos cardeais James Michael Harvey, arcipreste da basílica paulina, e George Pell, bem como pelo secretário para as Relações com Estados e Organizações Internacionais, dom Paul Richard Gallagher, para um grupo de representantes de diplomatas credenciados no Vaticano.
A pedra preciosa escondida
O cardeal, em sua homilia, recordou a Rainha Elizabeth como "uma grande mulher, uma esposa profundamente afetuosa e uma mãe orgulhosa", mas também "uma soberana devota que exerceu uma liderança sábia". Para entender o que nela se destacava, é preciso olhar para a "pedra preciosa escondida que a fez tão grande". "Ela construiu sua vida sobre as verdades e valores que se encontram na vida de Cristo: o mistério de Deus feito homem, o poder do amor de Deus capaz de superar até mesmo a morte, a grande dignidade de cada pessoa, a esperança além do desespero, o fato de que esta vida terrena é uma porta importante de acesso ao paraíso, e como mesmo agora podemos sentir o gostinho daquele paraíso através do modo como vivemos, amamos e servimos com respeito os que estão ao nosso redor". Tudo isso são chaves que levam "à verdadeira grandeza de espírito e à generosidade do coração, ao serviço dos outros".
O farol da Fé
A Rainha no Natal de 2014, lembrou o cardeal Roche, indicou em Cristo o exemplo a seguir, a fim de "respeitar e valorizar todas as pessoas, de qualquer fé". O afeto de seu povo mostra que "o Evangelho em que acreditamos e cujos valores foram vividos por nossa amada Rainha não estão separados da vida de todos os dias", disse o purpurado. "Olhando para trás, agora está claro que sua fé cristã, da qual testemunhou na juventude, numa época em que o mundo estava saindo da brutalidade sem precedentes da II Guerra Mundial, foi algo que lhe deu confiança corajosa desde o momento de sua ascensão ao trono, em 1952, até o dia de sua morte", disse o cardeal. "Para a Rainha não havia dicotomia entre a fé que professava e o que era como chefe de tantas nações." "Uma vida vivida na perspectiva de Deus e enfrentada com fé. Por isso, até hoje Elizabeth continua sendo uma soberana muito amada", concluiu o cardeal Roche.
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