O presidente Sergio Mattarella com o cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado, por ocasião das conversações bilaterais com a Santa Sé, no aniversário da assinatura dos Pactos de Latrão e do Acordo de Revisão da Concordata, Roma, 14 de fevereiro de 2023. Ansa/ Francesco Ammendola O presidente Sergio Mattarella com o cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado, por ocasião das conversações bilaterais com a Santa Sé, no aniversário da assinatura dos Pactos de Latrão e do Acordo de Revisão da Concordata, Roma, 14 de fevereiro de 2023. Ansa/ Francesco Ammendola 

Pactos Lateranenses: plena colaboração entre Itália e Santa Sé

Tradicional reunião de cúpula bilateral no Palazzo Borromeo em Roma. Entre os temas abordados: Jubileu, imigração e família. O cardeal Parolin sobre a guerra na Ucrânia reitera a necessidade de um cessar-fogo para proteger a população. O vice-primeiro-ministro Tajani fala de um debate muito positivo

Alessandro Guarasci - Cidade do Vaticano

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“Clima Sereno”, máxima colaboração entre a Itália e a Santa Sé, a começar pela imigração, passando pela guerra na Ucrânia, até chegar à família. Foi o que emergiu da tradicional cúpula bilateral realizada na noite de terça-feira, 14, no Palazzo Borromeo, em Roma, por ocasião do 94º aniversário dos Pactos de Latrão, ou Pactos Lateranenses. Estiveram presentes, entre outros, o secretário de Estado cardeal Pietro Parolin, e o presidente da República, Sergio Mattarella. Por ambas as partes foi sublinhado o desejo de dialogar.

Jubileu 2025 e família

 

Entre os temas abordados estava o Jubileu de 2025, em uma ótica de “colaboração”. “Já estamos um pouco atrasados ​​- afirmou o cardeal Parolin".

Uma parte do encontro foi dedicada a temas mais próximos da Igreja italiana, como a família, a pobreza, a escola. E sobre a família, do encontro de cúpula sobre os Pactos de Latrão, foi expressa a vontade de fortalecer esta célula fundamental da sociedade, sobretudo com vistas a combater a queda da natalidade.

Sobre a guerra na Ucrânia chegar a um cessar-fogo

 

Sobre o conflito na Ucrânia, o secretário de Estado vaticano sublinhou que existe “a dificuldade de chegar a um cessar-fogo, de pôr fim aos combates. E sobretudo tendo em conta o aspecto humanitário, muito caro à Santa Sé". Em suma, as condições de vida em que vive grande parte da população ucraniana são motivo de preocupação.

No mesmo sentido, a preocupação em relação aos migrantes, onde por parte do Vaticano foi destacada a necessidade de "identificar caminhos para a regularização dos fluxos migratórios".

Baixa participação nas eleições

 

Sobre as recentes eleições regionais na Lombardia e no Lácio, que tiveram uma participação de 40%, o secretário de Estado vaticano disse que "a questão da abstenção" não foi levantada, mas "não há dúvida de que é uma questão que suscita muitos questionamentos, especialmente sobre os jovens, e que parece precisamente como um apelo à política".

Tajani: caminho comum com a Santa Sé em muitos temas

 

O clima de colaboração com a Santa Sé também foi destacado do lado italiano. O vice-primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, à margem da cerimônia dos Pactos de Latrão, acrescentou que "um caminho comum pode ser seguido em muitas questões. Mesmo na política externa discutimos a paz, a situação na África, nos Balcãs, da ajuda humanitária que estamos levando, das minorias cristãs no mundo onde também há um forte compromisso do Ministério das Relações Exteriores. Portanto, uma reunião muito positiva. E depois a presença do presidente Mattarella reforçou a discussão e, portanto, eu diria que foi um dia muito positivo".

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15 fevereiro 2023, 07:00