Parolin: a paz seja fruto da justiça e o efeito da caridade
Ir. Grazielle Rigotti, ascj - Vatican news
No dia 1 de janeiro de 1993, na Europa, nasceram duas nações: a República Tcheca e a República Eslovaca. Para fazer memória desde acontecimento, o cardeal Pietro Parolin, juntamente com representações diplomáticas de ambos os países, rememoraram a paz em uma Celebração Eucarística.
O cardeal, em sua homilia afirmou que "ao comemorar estes importantes acontecimentos, somos lembrados da importância da solidariedade e do respeito mútuo na construção de um mundo melhor, no qual prevaleça uma paz duradoura entre os homens e as nações, uma paz que seja fruto da justiça e o efeito da caridade."
Dentro do mesmo momento, o cardeal recordou também as relações diplomáticas de ambas as nações e a Santa Sé, e fez memória das bases da herança espiritual e cultural compartilhada entre os povos eslovaco e tcheco, particularmente enraizadas na obra evangelizadora dos Santos Cirilo e Metódio.
Assim, relembrou ainda o cardeal, que ao longo dos séculos, os povos eslavos desta região "enfrentaram vários desafios, incluindo a dominação e a opressão estrangeiras. Entretanto, o espírito de independência e autodeterminação nunca diminuiu e, graças a este legado duradouro de evangelização e identidade cultural, após a queda do regime comunista, resultou na separação pacífica da República Federal Tcheca e Eslovaca em 1993."
Por isso, à luz desta mesma paz, recordou que a experiência destes povos há 30 anos continua a ser fonte de inspiração, pois a "paz de Cristo não consiste na ausência de conflito, mas na presença de justiça e concórdia". E recordou as palavras do Papa Francisco por ocasião da Páscoa: "construir a harmonia entre nós não é tanto um bom método para que a estrutura eclesial proceda melhor, não é dançar o minueto, não é uma questão de estratégia ou de cortesia: é uma exigência interna da vida do Espírito."
Enfim, que o respeito mútuo "seja uma fonte de inspiração não só para cultivar boas relações entre a República Tcheca e a Eslováquia, mas também uma força motriz para garantir a prosperidade material e sobretudo espiritual de seus habitantes, no gozo de seus direitos, especialmente na área da liberdade religiosa, e na observância de seus deveres", e que " a luz da fé continue a brilhar nestas nações, enquanto as trevas ameaçam cobrir a Europa mais uma vez", concluiu Parolin.
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