Santa Sé na OEA: a crise na Nicarágua é preocupante
L’Osservatore Romano
O reconhecimento da dignidade intrínseca de cada pessoa, a busca do bem comum, o respeito e a promoção dos direitos humanos fundamentais, incluindo a liberdade de religião, de crença e a liberdade de expressão, a inclusão das minorias étnicas e o cuidado da Casa comum. Estes são alguns dos princípios recordados pelo monsenhor Mirosław Wachowski, subsecretário para as Relações com os Estados e chefe da delegação da Santa Sé, na 53ª sessão ordinária da Organização dos Estados Americanos (OEA), realizada na última quarta-feira (21/06), em Washington, durante os trabalhos da assembleia, dedicada ao tema: "Fortalecer uma cultura de responsabilidade democrática com a promoção, proteção e igualdade dos direitos humanos nas Américas".
Recordando as palavras do Papa Francisco aos membros do Corpo diplomático credenciado junto à Santa Sé no tradicional encontro de início do ano, no Vaticano, monsenhor Wachowski recordou que, olhando para o continente americano, o Pontífice destacou "as numerosas crises políticas em vários países, situações que assinalam o enfraquecimento da democracia", agravando os problemas urgentes dos cidadãos. A crise na Nicarágua, observou o chefe da delegação da Santa Sé, é "particularmente preocupante": afeta "tanto as pessoas quanto as instituições, incluindo os católicos e a Igreja católica".
Um exemplo evidente, continuou ele, é a "detenção injusta" do bispo Rolando José Álvarez Lagos. A Santa Sé está convencida "da necessidade de superar a lógica partidária e de trabalhar constantemente juntos para o bem comum". Isso, apontou o monsenhor Wachowski, inclui a busca concreta pela paz, que, fundada na verdade, na justiça, na liberdade e no amor, "é alcançada através do exercício paciente do diálogo". O discurso da Santa Sé também analisou os desafios humanitários atuais nas Américas, com um foco especial na dramática situação do Haiti, "cuja atual crise política e social está destruindo as esperanças de seu povo", destacou monsenhor Wachowski.
A Santa Sé, reiterou, aprecia os esforços feitos pela OEA em favor do país, lembrando sua participação no Grupo de Trabalho sobre o Haiti, particularmente no campo da assistência humanitária, e assegurando apoio para "promover a ajuda necessária" através da assistência de organismos católicos locais. Por fim, foi renovado o compromisso de prosseguir, construindo pontes de diálogo e compreensão para o benefício dos mais frágeis e marginalizados.
Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui