Santa Sé e República da Coreia, aniversário sob o signo da Laudato si'
Paolo Ondarza – Vatican News
O mundo precisa de beleza. Essa certeza anima a organização da exposição inspirada na encíclica Laudato si' e montada na Galeria 1898, no distrito de Myeongdong, em Seul, por ocasião do 60º aniversário das relações diplomáticas entre a República da Coreia e a Santa Sé, iniciadas em 11 de dezembro de 1963.
Arte para difundir a beleza do Evangelho
"O Papa ficaria feliz em saber que os artistas coreanos estão tão ansiosos para promover obras artísticas, especialmente aquelas com um tema religioso, como um meio eficaz de espalhar o amor pela beleza e as boas novas do Evangelho". Participando na abertura, em 14 de junho, o arcebispo Alfred Xuereb, núncio apostólico na Coreia, levou a saudação e a bênção de Francisco a todos, participantes e visitantes: "Essa significativa exposição fortalecerá ainda mais o vínculo especial entre a Coreia e a Santa Sé.
A exposição é a 50ª organizada anualmente pela Associação de Artistas Católicos de Seul (CAAS), uma organização leiga da arquidiocese. Entre as obras em exposição estão as da nunciatura apostólica na Coreia, incluindo a preciosa Cruz em bronze da Capel e duas bulas originais do Papa Paulo VI assinadas em 1963 e 1966, bem como obras produzidas recentemente por membros da associação de artistas.
A serviço da beleza e da criação
Dom Xuereb dirigiu expressões de encorajamento a todos: "Agradeço pelo trabalho de vocês e pela alegria que proporcionam ao mundo com suas obras. Peço-lhes que continuem seu serviço com amor e competência, porque o mundo precisa de beleza mais do que nunca".
Por sua vez, o arcebispo de Seul, Peter Chung Soon-Taick, explicou como a exposição é uma expressão da interpretação dos artistas contemporâneos dos ensinamentos contidos na Laudato si', publicada em 2015. As obras, de fato, abordam os temas da relação entre todas as criaturas, o cuidado com a casa comum e a necessidade de "uma conversão ecológica", conforme solicitado por Francisco em nível global. O desejo do prelado é que todos os visitantes possam ser tocados em seus corações pela mensagem de Francisco, de modo que essa iniciativa se torne uma oportunidade para meditar seus ensinamentos.
A memória dos mártires
Nas palavras da presidente Sophie Park Hae Won, a Associação de Artistas Católicos de Seul quis dedicar essa exposição "à memória do nobre sacrifício do bispo e missionário americano Patrick Byrne, que veio para a Coreia como o primeiro delegado papal em 1947 e foi martirizado na Coreia do Norte durante a Marcha da Morte em 1950". Os pensamentos se voltaram para todos os mártires cujo sacrifício forma a base da história da Igreja Católica coreana. O desejo de Sophie Park é que a exposição sobre a Laudato si' possa ser um terreno de discussão e intercâmbio entre a Santa Sé e a República da Coreia.
Celebrações em 2023
Para celebrar os 60 anos de relações diplomáticas entre a Santa Sé e a República da Coreia, vários eventos culturais e artísticos gratuitos foram programados no calendário: na noite de 19 de junho, o Gloria de Antonio Vivaldi e a espiritualidade dos cantos gregorianos ressoarão dentro da Catedral de Myeongdong, onde será realizado um concerto especial organizado pela arquidiocese de Seul. De 5 de outubro a 25 de dezembro, o Seosomun Shrine Museum também sediará a exposição 'Towards the common good of a world together' ((Para o bem comum de um mundo unido), organizada pelo Comitê para a promoção do culto aos mártires da arquidiocese de Seul.
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