Dom Jaime Spengler: “A solidariedade continua sendo forte”
Vatican News
A tendência é de que o Guaíba siga em queda, mesmo com as chuvas que devem cair na segunda metade do mês de maio no Rio Grande do Sul. Isso deve-se, também, aos rios, como o Taquari e Caí, que desaguam no Cais Mauá, estar reduzindo os seus níveis.
O arcebispo de Porto Alegre e presidente da CNBB, Conferência Nacional dos Bispos do Brasil enviou nesta quinta-feira à Rádio Vaticano – Vatican News um áudio no qual ele nos transmite alguns dados da realidade, destacando que nesses dias começou a fazer frio. “Hoje, nós devemos estar com uma temperatura em torno de 10 graus isso para nós é muito frio e para complicar a situação agora pouco, voltou a chover. Isso é mais um complicador”.
Dom Jaime destaca: “estamos com muitos desabrigados, hospedados nas escolas, salões de igreja, casas de família. Enfim, onde é possível. Ontem fomos procurados pelo prefeito da cidade de Porto Alegre buscando espaço junto às nossas realidades para realocar flagelados, uma vez que a intenção do poder público é retomar as aulas na próxima semana. Não sei como isso acontecerá. Isto é um grande desafio”.
O presidente da CNBB sublinha ainda que o rio, o Guaíba abaixou um pouco, não muito, é verdade, mas acrescenta que “temos vastas áreas na cidade de Porto Alegre, na região metropolitana, debaixo d’água”. “Temos oficialmente 151 mortos no Estado e muitas pessoas desaparecidas”.
Dom Jaime disse que na quarta-feira esteve no seminário em Gravataí, onde estão alojados homens e mulheres da Força Nacional. “É uma equipe especializada de segurança. Alguns estão trabalhando diretamente no acompanhamento da segurança nas diversas regiões atingidas, outros estão trabalhando no Instituto Médico Legal no reconhecimento de corpos que vão chegando. Na medida que a água via baixando provavelmente imagina-se que se encontrará falecidos dentro das casas, que não puderam ser resgatados”.
A solidariedade continua sendo forte, finaliza o arcebispo de Porto Alegre. “Sem essa solidariedade e voluntariado não se conseguiria certamente realizar o que se está realizando em prol dos flagelados”.
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