Nicarágua: os bispos não participarão da mesa do Diálogo nacional
Patricia Ynestrosa e Silvonei José - Cidade do Vaticano
Em um comunicado divulgado nesta sexta-feria (08/03), a Conferência Episcopal da Nicarágua reafirma sua gratidão ao governo e à Aliança Cívica pela Justiça e a Democracia, mas declina o convite para participar como "testemunha e acompanhadora" da mesa de negociações.
Nicarágua: os bispos convidados à mesa de negociações
Os bispos reiteram, conforme destacado no comunicado da última segunda-feira, que "neste momento histórico, nossa maior contribuição como pastores desta Igreja peregrina na Nicarágua será continuar acompanhando o povo em seus sofrimentos e tristezas, em suas esperanças e alegrias", e elevar nossas orações de intercessão para que a Nicarágua encontre caminhos de civilização e justiça, para uma solução pacífica, tendo em vista o bem comum".
As negociações sigam o caminho da verdade
Da mesma forma, recordam as palavras do Papa Francisco na Exortação Apostólica Evangelii Gaudium: "É tempo de saber como projetar, em uma cultura que privilegie o diálogo como forma de encontro, a busca de consensos e acordos, sem porém separá-la da preocupação por uma sociedade justa, capaz de memória e sem exclusões".
Busca pela verdade e justiça
Os bispos esperam que essas negociações tenham o espírito de busca da verdade e da justiça, convencidos, como São João Paulo II, de que "a hora do laicato realmente chegou". Portanto, acrescentam: "sentimos que devem ser os leigos a assumirem diretamente a responsabilidade de administrar neste momento as questões temporais da nação".
Orações e jejum
O comunicado termina com uma exortação à população a "intensificar" as orações e os jejuns pelo país, “especialmente nesta época da Quaresma”. E, confiando na Virgem Maria, Rainha da Paz, imploram a graça de se tornar construtores da verdadeira paz.
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