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Pacifistas colocam fitas contra a guerra e a divisão entre as duas Coreia em cerca de área militar Pacifistas colocam fitas contra a guerra e a divisão entre as duas Coreia em cerca de área militar  (AFP or licensors)

11 de agosto é dia de oração ecumênica pela reconciliação entre as Coreias

Promovida pelo Conselho Nacional de Igrejas da Coreia e pela Federação Cristã Coreana, a oração é tradicionalmente realizada todos os anos no domingo anterior a 15 de agosto, coincidindo com a celebração da libertação da Coreia do domínio japonês em 1945, que no entanto também marcou a divisão territorial em duas áreas distintas ao longo do paralelo 38, que mais tarde se tornaram dois Estados.

por Francesco Ricupero - L'Osservatore Eomano

Não desistiremos: com este slogan o Conselho Mundial de Igrejas (World Council of Churches) convida a fraternidade global e todas as pessoas de boa vontade a unirem-se, no domingo, 11 de agosto, em oração pela paz e pela reconciliação na Península Coreana.

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Promovida pelo Conselho Nacional de Igrejas da Coreia e pela Federação Cristã Coreana, a oração é tradicionalmente realizada todos os anos no domingo anterior a 15 de agosto. A escolha da data não é aleatória: coincide, de fato, com a celebração da libertação da Coreia do domínio japonês em 1945, que no entanto também marcou a divisão territorial em duas áreas distintas ao longo do paralelo 38, que mais tarde se tornaram dois Estados. Uma divisão sancionada pelo armistício que pôs fim à sangrenta Guerra da Coreia em 27 de julho de 1953 e que ainda permanece uma ferida aberta.

 

“Parece que foi ontem que demos as mãos e atravessamos este muro que está aqui há tanto tempo, e agora chamamos uns aos outros de inimigos em vez de filhos de Deus”, diz a oração: “O relacionamento que compartilhávamos uns com os outros enquanto éramos cheios de esperança agora está rompido, e somente a calúnia e o medo vêm e vão nas correntes do vento acima de nós."

A oração recorda a dor dos coreanos pela “ferida da divisão” causada por ideologias que semearam o ódio e ainda hoje alimentadas por forças, inclusive externas, que “bloqueam os passos para a paz”. Disto a invocação a Deus para ajudar todos os coreanos a superar os conflitos ideológicos “com o amor de Cristo”, a “derrotar as forças do mal que bloqueiam o caminho para a paz” e a dar às Igrejas coreanas “a força e a coragem para guiar o caminho para a paz e a reconciliação." A oração termina falando da paz e da reunificação da península, “não como uma opção”, mas como um objetivo que os coreanos são chamados a alcançar. “Lembremo-nos de que onossa alma e nossos corações estão unidos no Senhor”, conclui a oração.

 

O secretário geral do Conselho Mundial de Igrejas, Rev. Jerry Pillay, sublinhou o compromisso do órgão ecumênico para com as Igrejas que trabalham pela paz na Península Coreana: "O WCC continua profundamente empenhado em apoiar a liderança inter-coreana para a paz e a reunificação do povo dividido." Pillay pede “às Igrejas do mundo e a todas as pessoas de boa vontade que continuem a acompanhar as Igrejas da Coreia, rezando e trabalhando pela paz e pela reunificação”.

A reconciliação da nação é também um tema central para a Igreja Católica na Coreia do Sul, que em 1995 instituiu uma Comissão Episcopal especial para este fim. Entre as numerosas iniciativas organizadas ao longo dos anos, Missas e novenas de oração (entre outras coisas, digno de nota o Jubileu da reconciliação nacional em Chunchon, celebrado em junho de 2000), a ajuda prestada à população norte-coreana afetada pela fome na década de 1990 e um intenso trabalho de sensibilização e informação dirigido aos fiéis sobre o tema da reunificação. Além disso, os bispos sempre defenderam a causa da reconciliação com os dois governos, especialmente nos momentos de maior tensão entre Seul e Pyongyang. A oração pela reconciliação e pela paz foi também um dos focos da Viagem Apostólica realizada à República da Coreia pelo Papa Francisco em 2014, por ocasião da VI Jornada Asiática da Juventude.

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06 agosto 2024, 11:44